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Binance deve investigar hack de US$ 2,6 milhões, ordena corte inglesa

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Escrito por
Dale Hurst

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Editado por
Paulo Alves

14 agosto 2021 10:54 BRT
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  • A empresa de Cambridge Fetch.ai solicitou à Binance que identifique e rastreie hackers e congele suas contas.
  • Os fraudadores teriam invadido as contas da Fetch.ai em junho, vendendo ativos para terceiros.
  • Binance sinalizou que está cumprindo a ordem do tribunal inglês.
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A Binance, principal bolsa de criptomoedas do mundo, recebeu ordens do Supremo Tribunal do Reino Unido para tomar medidas contra hackers que supostamente roubaram US$ 2,6 milhões em criptomoedas.

Segundo noticia a Reuters, a Fetch.ai, laboratório de inteligência artificial com sede em Cambridge, solicitou que a Binance identifique e rastreie fraudadores que teriam invadido suas contas de criptomoedas em 6 de junho.

Restrições nas conta teriam impedido que os hackers removessem os ativos em questão. Como resultado, eles teriam vendido esses ativos a um terceiro em uma janela de uma hora.

A empresa também solicitou que a Binance congele as contas dos hackers na exchange. Posteriormente, um juiz do Tribunal Superior atendeu aos pedidos da Fetch.ai.

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A Binance teria sinalizado que irá cumprir as ordens do tribunal. No entanto, os autores não poderão solicitar uma ordem de recuperação até que provem que foram de fato vítimas de fraude.

Binance no olho do furacão

A ordem judicial surge em meio a um período turbulento para a Binance. Recentemente, a corretora foi alvo de uma série de medidas de reguladores de todo o mundo. Vários países, incluindo o Reino Unido, alertaram os usuários contra a corretora, enquanto outros impuseram proibições diretas.

No início de julho, dois importantes bancos britânicos restringiram o acesso dos clientes à Binance. Primeiro, o Barclays suspendeu as transferências de fundos de clientes para a exchange. Depois, o Santander UK bloqueou completamente os pagamentos à Binance alguns dias depois.

As ações de ambas as instituições vieram em resposta a um alerta emitido pelo regulador financeiro do Reino Unido, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA). O órgão regulador afirmou que a Binance não estava autorizada a conduzir negócios de criptomoedas no Reino Unido.

Os reguladores italianos emitiram um alerta semelhante no final de julho. Pouco depois das decisões desses bancos, a Binance suspendeu a libra esterlina (GBP), a moeda oficial do Reino Unido, como opção de saque.

A empresa também enfrentou problemas internos recentemente. Dois executivos de alto escalão renunciaram às respectivas filiais da exchange em apenas um mês.

Mais recentemente, Brian Brooks, que costumava ser um importante regulador bancário dos EUA, deixou o cargo de CEO da Binance.US. Ele atuou na companhia por apenas três meses. Em uma declaração de demissão no Twitter, Brooks citou “diferenças sobre a direção estratégica”, mas também desejou sucesso para seus ex-colegas.

Sua saída ocorreu três semanas após a de Ricardo Da Ros, que renunciou ao cargo de diretor da Binance Brasil em julho também poucos meses após ter assumido o cargo.

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