Os usuários venezuelanos agora enfrentam acesso restrito à Binance, à medida que o governo amplia sua repressão à Internet.
A decisão gera preocupações na comunidade cripto local.
Usuários venezuelanos recorrem a VPNs para acessar a Binance
De acordo com uma declaração oficial divulgada no X, a exchange confirmou que está enfrentando dificuldades para fornecer acesso à sua plataforma web para usuários venezuelanos.
“Assim como diversos sites de empresas de diferentes segmentos na Venezuela, incluindo redes sociais, as páginas da Binance vêm enfrentando restrições de acesso”, diz o comunicado.
Apesar da situação inquietante, a Binance garantiu a seus usuários que seus fundos estão seguros. Além disso, a empresa está trabalhando diligentemente para resolver o problema.
Esse desenvolvimento levou os usuários a adotar serviços de rede de provedor virtual (VPN) para manter o acesso as suas contas. No entanto, a restrição atualmente afeta apenas a plataforma da Web, com o aplicativo celular ainda operacional.
Ernesto Contreras, ex-chefe de desenvolvimento de negócios do Dash Core Group e uma figura proeminente no espaço cripto da Venezuela, aconselhou os usuários a não entrarem em pânico. Ele sugeriu que eles usassem VPNs com localizações fora dos EUA.
“Além disso, se você é um especialista, é hora de começar a se autocustodiar! Baixe sua carteira e tente armazenar seus fundos por conta própria (certifique-se de proteger sua frase-semente) […] Aproveite o aprendizado e tudo ficará bem!” acrescentou Contreras.
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Adoção cripto em alta
As restrições ocorrem no momento em que os venezuelanos estão cada vez mais dependentes das moedas digitais para enfrentar a atual crise econômica do país. O uso de criptomoedas no país aumentou nos últimos anos, com esses ativos sendo uma tábua de salvação para aqueles que buscam preservar o valor de seu capital em face da hiperinflação e da incerteza econômica.
Esse desenvolvimento ocorre após a recente proibição do X (Twitter) devido a uma briga pública entre o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o proprietário do X, Elon Musk.
Após uma eleição presidencial disputada no mês passado, as tensões aumentaram. Musk rotulou Maduro de “ditador” e “palhaço”, enquanto Maduro acusou o bilionário de incitar “ódio, fascismo e guerra civil”. Além disso, Maduro assinou um decreto ordenando que o órgão regulador de telecomunicações venezuelano, Conatel, bloqueasse o X por dez dias, dando tempo para a plataforma responder.
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