O trabalho para implementar o Drex, a CBDC do Brasil continua. O Banco Central está prestes a anunciar quais projetos estarão na segunda fase de testes do piloto da moeda.
A expectativa é que a divulgação da lista com os projetos ocorra na próxima semana.
Testes do piloto do Drex continuam
A data inicial para o anúncio dos projetos era o dia 15 de agosto. Primeiramente, o Banco Central (BC) vai divulgar os projetos que pertencem aos consórcios que já estão na primeira fase do piloto.
Em segundo lugar, uma nova chamada deve incluir outras instituições que ainda não participam do piloto.
O coordenador da iniciativa do Drex no BC, Fábio Araújo, explicou o calendário em sua participação no Conecta ABBC. O evento da Associação Brasileira de Bancos ocorreu na quinta-feira (22).
As datas fazem parte de checkpoints estabelecidos pelo BC para dar transparência ao processo. Conforme Araújo, eles acontecem entre seis meses a um ano e o próximo deve ocorrer em 2024.
No momento, os consórcios estão concentrados em como resolver a questão da privacidade. Ainda de acordo com o coordenador do Drex, as soluções apresentadas são a Zether, da Kaleido, a Starlight, da EY, a Rayls, da Parfin, e a Nova, da Microsoft.
A expectativa do BC é que representantes de outros ativos se juntem à rede no futuro. Araújo acredita que o Drex deve evitar “silos que existem hoje em processos que envolvem reconciliação de informação. “É um processo custo. Há muitos silos fechados, com gatekeeper para validar transações, o que é uma característica da Web2. Isso gera concentração de poder e dificulta a entrada de mais participantes”.
Tokenização é positiva
O chefe do Gabinete da Presidência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Pedro Castelar, falou sobre os benefícios da tokenização.
“Há bastante valor a ser explorado em relação ao uso da tecnologia, como a possiblidade de rastreamento, imutabilidade, liquidação atômica no DvP (pagamento versus entrega). De fato, a tokenização no âmbito do mercado de capitais tende a gerar mais democratização e um dinamismo maior no mercado, com mais agentes e mais ativos”, concluiu.
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