O interesse das empresas no DREX, a CBDC do Brasil, continua em alta. O Banco Central informou que já recebeu mais de 40 casos de uso para a segunda fase do desenvolvimento da moeda.
A revelação surgiu na quarta-feira (21), durante o painel “Drex – Expectativas dos casos de uso e cenários transfronteiriços”.
Empresas criam usos de caso para o DREX
Conforme o Diretor Técnico da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Wallace Jagiello, as empresas integrantes dos 11 consórcios que participaram da primeira fase do DREX enviaram mais de 40 propostas para a segunda fase.
Ele lembrou que ainda não se sabe quais casos de uso o BC vai selecionar. Além disso, o banco também não divulgou o relatório oficial da primeira fase. O texto deve conter as análises das soluções de privacidade que foram testadas.
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Em seguida, o diretor da ABBC informou que o BC deve abrir a segunda fase para a participação de empresas de fora dos consórcios atuais. Elas também poderão encaminhar casos de uso, ou seja, o número de propostas possivelmente vá aumentar.
O CEO da BBChain, Andre Carneiro, por outro lado, acredita que um número elevado de casos de uso pode acelerar o processo de adoção do DREX. Além disso, os processos de implementação simples podem causar “grandes disrupções” no mercado.
“Se falarmos de 10 casos aprovados, o que seria um número interessante, e espero que seja até maior, imagine o impacto que esses 10 casos aprovados poderiam ter no seu negócio. Para aqueles que ainda pensam no DREX como algo para 2025 ou 2026, é hora de refletir. Dependendo dos casos aprovados, um deles pode já estar em andamento. O impacto não será apenas no futuro. A partir do momento em que um caso é aprovado, ele pode ter um impacto direto no seu negócio, afetando até mesmo sua receita”, afirma.
CBDC é a evolução do sistema financeiro
Por fim, o economista Fábio Lacerda, sócio da PMG Consultoria, afirmou que é importante perceber o DREX não como uma iniciativa isolada, e sim como uma evolução da economia.
“Ele é muito mais a leitura que o Banco Central faz sobre a evolução desse processo de digitalização da economia e, principalmente, de eletronização dos meios de pagamento”.
Lacerda esteve a frente da área de regulação do Banco Central e participou das conversas sobre o lançamento do DREX. Ele cita o sucesso do PIX na transformação da forma de pagamentos do Brasil e um passo no processo de tokenização da economia.
“O DREX nada mais é do que o real. A mesma nota de 20, de 100, que você tem em uma carteira, ou o mesmo propósito bancário que você tem, aquilo ali é real, é moeda. O DREX também é moeda, só que sob um formato diferente”, finaliza.
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