Participante do projeto piloto da CBDC brasileira, o Banco do Brasil (BB) vai testar pagamentos em ambiente offline para integração com Drex.
Liderado pelo Banco Central, o consórcio da moeda digital brasileira, ainda em ambiente de testes, conta com 16 instituições. Todas trabalham na criação, desenvolvimento de soluções e ferramentas para suportar a nova economia tokenizada e a realidade do Brasil.
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Com os recentes avanços tecnológicos, hoje é possível validar pagamentos com um aparelho celular ou até uma “pulseira”, como os relógios inteligentes. Mas, com o uso destas tecnologias ainda é necessário que o usuário esteja conectado a uma rede de internet para concluir o pagamento.
O Banco do Brasil e a Giesecke+Devrient Currency Technology (G+D), especializada em tecnologia monetária, colaboram em uma parceria técnica para implementar a solução que visa possibilitar pagamentos offline, já testada em Gana e Tailândia.
Segundo o Banco do Brasil, a solução de pagamento offline permitirá a exploração de novas utilizações para o Drex.
“Caso os testes sejam bem-sucedidos, será possível desenvolver modelos de uso da moeda digital criptografada em transações cotidianas, como pequenas compras no comércio, pagamentos de serviços e mesada, por exemplo.”
Inclusão financeira
Outra vantagem, conforme o BB, será o uma chance de maior adesão ao Drex para pessoas com dificuldade de acesso à internet, sem inclusão financeira ou que vivam em locais com infraestrutura precária. Ou ainda, para aqueles sem contas bancárias, que poderão carregar carteiras digitais em dispositivos, podendo ser até mesmo acessórios como pulseiras ou anéis, e realizar transações seguras em estabelecimentos locais.
Uso de dinheiro em alta
Apesar do aumento da adesão da população aos serviços bancários e da difusão do Pix, a preferência pelo dinheiro físico continua significativa no Brasil.
Conforme um estudo da Tecban, 29% dos brasileiros optam pelo dinheiro físico como uma das principais modalidades de pagamento.
Contudo, esse percentual sobe para 32% nas classes sociais C, D e E, e alcança até 40% na Região Nordeste. Entre as razões para preferência pelo papel-moeda estão a falta de conta bancária ou cartão de crédito e a dificuldades de acesso à internet.
Para o BB, uma solução que permita pagamentos sem conexão com a internet, de forma segura e simples, tem potencial para se tornar um meio de pagamento alternativo ao dinheiro em espécie, além de poder popularizar o Drex.
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