O chefe do Banco Central da Indonésia proibirá o uso de criptomoedas como ferramenta de pagamento, em mais uma medida do país para controlar o mercado cripto.
O banco central do país, o Banco Indonésia, proibirá o uso de criptomoedas como ferramenta de pagamento, de acordo com o governador Perry Warjiyo. Ele fez o anúncio durante um seminário virtual nesta terça-feira (15). Ele também disse que criptoativos não seriam permitidos para “outras ferramentas de serviços financeiros”, embora não tenha declarado explicitamente quais ferramentas.
Warjiyo disse que os ativos não foram reconhecidos como meio de pagamento pela constituição e pelas leis do banco central, e espera que as instituições financeiras sigam de acordo com esta política. Para isso, o banco central vai mobilizar equipes para garantir que as instituições sigam esta proibição.
A Indonésia está trabalhando atualmente em uma ampla estrutura sobre criptomoedas, tendo dito que este mercado alimenta o desenvolvimento de plataformas ilegais. Recentemente, o governo paralisou 26 empresas de investimento / plataformas de empréstimos ponto a ponto alegando que elas não estavam licenciadas, incluindo três plataformas de criptoativos.
O chefe da força-tarefa por trás dessa repressão, Tongam Lumban Tobing, também disse que a Binance era ilegal no país porque não possuía licença. As decisões acabam não sendo um bom sinal para o mercado de criptomoedas na Indonésia, que provavelmente experimentará ações ainda mais rigorosas por parte dos reguladores.
No entanto, o governo não aparente proibir completamente as criptomoedas, já que relatórios disseram que acontecerá uma tributação desses ativos. Essa classe poderá ser negociada como commodities no país.
Como em outros países, o governo alerta que criptomoedas são uma classe de ativos altamente volátil, com pouco suporte para elas. Com isso, governantes estão ostensivamente preocupados com a proteção do investidor.
Regulamentação de criptomoedas em pleno andamento
Diversos governos estão proibindo o uso de criptomoedas como meio de pagamento, embora não estejam proibindo a posse desses ativos. Isso ocorre em um momento em que as moedas digitais do banco central (CBDC) estão se tornando o principal foco de governos e bancos centrais ao redor do mundo, que desejam manter sua soberania com curso legal.
El Salvador continua sendo uma das exceções notáveis, com o presidente Nayib Bukele enviando um projeto de lei ao congresso do país para reconhecer o Bitcoin (BTC) como moeda oficial. O projeto de lei foi aprovado desde então, gerando muito alarde no mundo cripto – o Fundo Monetário Internacional (FMI) vê isso como sendo legal, mas economicamente problemático.
Enquanto isso, a Indonésia está preparando o desenvolvimento do seu próprio CBDC, com foco em acelerar pagamentos digitais. O país agora se junta ao Canadá, China, França, Japão e várias outras nações nesta tentativa de modernizar seus sistemas financeiros.
Organismos financeiros globais como o Banco de Compensações Internacionais (BIS) também emitiram avisos sobre criptomoedas ao mesmo tempo que defendem os CBDCs. A instituição pediu cooperação global no uso destes CBDCs, que é uma ideia nova que levará tempo para ser totalmente implementada.
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