A B3 S.A. (B3SA3) apresentou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, destacando-se pelo desempenho positivo em meio aos desafios do mercado.
A receita total atingiu R$ 2,7 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 5,8%.
Novos produtos impulsionaram receitas da B3
Segundo André Veiga Milanez, diretor financeiro da B3, a diversificação de receitas e o foco no desenvolvimento de novos produtos têm sido fundamentais para sustentar o crescimento, mesmo com oscilações no mercado de ações.
Apesar de não ter divulgado a receita de produtos cripto, a bolsa registrou na última segunda (11), um volume diário de R$ 10 bilhões e contratos futuros de Bitcoin em um único dia. Esse valor representa a negociação de 232,2 milhões de contratos de BTC. Esse desempenho reforça o sucesso dos ETFs na maior bolsa brasileira.
Principais destaques da B3 por segmento:
- Listado: Com receita de R$ 1,6 bilhão, representando 59% do total, houve alta de 7,4%. O aumento nos volumes de ETFs, BDRs e Fundos Listados compensou a leve queda de 5% nas negociações de ações.
- Derivativos: O volume médio diário negociado atingiu 7,1 milhões de contratos, alta de 21,3%. A maior receita trimestral do segmento, de R$ 683 milhões, foi impulsionada pela volatilidade na curva de juros e novas iniciativas da B3.
- Balcão: Alcançou receita de R$ 432,6 milhões, alta de 15%, graças ao aumento no mercado de renda fixa e crescimento no Tesouro Direto, que ampliou sua base de investidores em 13%.
- Outros segmentos: Tecnologia, dados e serviços cresceram 10,4%, enquanto a Unidade de Infraestrutura para Financiamentos avançou 12,4%, refletindo o cenário positivo no crédito para aquisição de veículos.
Redução de despesas e retorno ao acionista
Além disso, as despesas caíram 7,9%, totalizando R$ 831,1 milhões, devido ao fim de amortizações relacionadas à combinação com a Cetip. Assim, a B3 distribuiu R$ 1,3 bilhão aos acionistas no trimestre, incluindo dividendos, juros sobre capital próprio e recompra de ações.
Perspectivas futuras
Em novembro, a B3 aprovou a emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures, reforçando sua estratégia de otimizar a estrutura de capital. A empresa continua monitorando o mercado para explorar oportunidades que promovam maior eficiência a longo prazo.
Com resultados robustos e iniciativas estratégicas, a B3 segue consolidando seu papel no mercado financeiro brasileiro, enquanto investe em inovação e diversificação para enfrentar as transformações do setor.
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