De acordo com Matthew Sigel, chefe de Pesquisa de Ativos Digitais da VanEck, o Bitcoin (BTC) pode capturar metade da capitalização de mercado do ouro.
A previsão surge enquanto ambos os ativos de reserva de valor continuam subindo para máximas históricas. A alta é impulsionada por inflação persistente, flexibilização monetária e desvalorização do dólar.
SponsoredO que a VanEck prevê para o Bitcoin após abril de 2028
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Sigel sugeriu que esse marco poderia ocorrer após o próximo ciclo de halving do Bitcoin em abril de 2028.
“Temos dito que o Bitcoin deve alcançar metade da capitalização de mercado do ouro após o próximo halving”, ele afirmou.
O executivo explicou que nem todo o valor do ouro vem de seu uso em joias ou na indústria. Aproximadamente metade vem de seu papel como reserva de valor.
Sigel argumenta que as gerações mais jovens, especialmente em mercados emergentes, preferem cada vez mais o Bitcoin em vez do ouro para armazenar riqueza. Essa tendência pode significar que, ao longo do tempo, o BTC capture parte do mercado que o ouro atualmente detém como reserva de valor.
“Ao preço recorde atual do ouro, isso implica um valor equivalente de US$ 644 mil por BTC”, acrescentou Sigel.
A previsão chega em um momento de otimismo crescente nos mercados. O BeInCrypto relatou ontem (6) que o Bitcoin ultrapassou o nível de preço de US$ 126 mil para alcançar uma nova máxima histórica em outubro.
Apesar de uma correção modesta, a moeda ainda se manteve forte com um valor de US$ 123.611 no momento da análise. Além disso, a análise do BeInCrypto indicou que o BTC tem potencial para quebrar essa máxima histórica e alcançar US$ 130.100. No entanto, essa projeção depende do ativo manter o suporte de US$ 122.100.
SponsoredNic Puckrin, cofundador do Coin Bureau, mantém uma perspectiva mais ampla e otimista. Em uma declaração compartilhada com o BeInCrypto, Puckrin afirmou que o Bitcoin alcançar US$ 150 mil até o final do ano continua sendo um cenário realista. Além disso, outros preveem um alvo mais alto de US$ 200 mil.
“Agora que ultrapassamos a máxima histórica anterior, o maior risco para o Bitcoin é ficar preso em uma faixa estreita. É necessário algum movimento de preço para confirmar que a alta ainda tem fôlego até o final do ano. Assim, estou procurando que o BTC saia da faixa de US$ 120 mil-US$ 125 mil em qualquer direção. De fato, neste ponto, uma reversão seria um sinal bem-vindo – desde que seja menor que o recuo de sua máxima histórica anterior. Da última vez que o Bitcoin atingiu um novo topo, ele caiu cerca de 13,5%, o que o colocaria em torno de US$ 109 mil desta vez. Isso ainda marcaria uma correção saudável, caracterizada por máximas e mínimas mais altas. E seria um sinal de que US$ 150 mil ainda está muito no horizonte até o final do ano”, ele comentou.
Enquanto isso, o ouro também prolongou sua alta, ultrapassando US$ 3.975 por onça para estabelecer uma nova máxima histórica. O sentimento otimista não se limita às reservas de valor tradicionais — os mercados de ações globais também estão ganhando impulso, refletindo uma confiança mais ampla dos investidores em várias classes de ativos.
No entanto, o economista Peter Schiff interpreta a ascensão do ouro como um aviso severo sobre a política falha do Fed.
“O ouro está em uma nova máxima histórica, negociando acima de US$ 3.975. Isso está a menos de US$ 25 de US$ 4 mil. Este é um aviso claro de que a política atual do Fed está errada”, ele postou.
Ele pediu aumentos imediatos nas taxas entre as reuniões para conter a inflação.
“O mercado de ouro está nos dizendo que a crise que está por vir será muito pior do que o estouro da bolha das pontocom”, Schiff previu.
Ele também desconsiderou a alta do Bitcoin como ilusória quando medida contra o ouro, observando que ainda está 15% abaixo de seu pico em termos de ouro. Segundo ele, é um ‘rali de mercado em baixa’ até que se prove o contrário.
Recentemente, analistas também destacaram que a alta simultânea em ações, ouro, prata e Bitcoin não é evidência de uma economia forte, mas sim uma reação à fraqueza do dólar americano.