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Atividade de stablecoins cai nos Estados Unidos, diz relatório

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • Os EUA estão perdendo seu apelo no volume de negociação de stablecoins à medida que mais usuários se envolvem com plataformas estrangeiras.
  • Stablecoins representam mais de 50% de todo o volume de transações on-chain em exchanges centralizadas.
  • O USDT domina o setor com uma participação de 67,6%. O BUSD e o FRAX registaram quedas substanciais na capitalização de mercado.
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O volume de negociação de stablecoins nos Estados Unidos caiu de forma drástica, conforme uma pesquisa da empresa de inteligência em blockchain Chainanysis.

“Embora as entidades dos EUA originalmente tenham ajudado a legitimar e semear o mercado de stablecoin, mais usuários cripto buscam atividades relacionadas a stablecoin com plataformas de negociação e emissores sediados no exterior”, diz o texto.

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Estados Unidos perdendo mercado de stablecoin para o exterior

De acordo com a Chainalysis, as stablecoins foram responsáveis por mais de 50% de todo o volume de transações on-chain em exchanges centralizadas nos últimos tempos.

“Os dados da Chainalysis mostram que mais da metade de todo o volume de transações em rede de ou para serviços centralizados entre junho de 2023 e julho de 2022 ocorreu em stablecoins”, diz a pesquisa.

No entanto, durante este período, a maior parte dos fluxos de stablecoins para os 50 maiores serviços cripto passaram de serviços licenciados nos EUA para serviços no exterior.

“Em junho, uma parcela de 54,6% dos fluxos de stablecoin para os 50 principais serviços ia para exchanges licenciadas fora dos EUA”.

Atividade de stablecoins cai nos Estados Unidos, diz relatório
Fonte: Chainalysis

Governo dos Estados Unidos quer regulamentar stablecoins

No entanto, o relatório destaca o fato de que a maioria das stablecoins está vinculada ao dólar americano. Além disso, ele aponta para a importância dos esforços de legisladores do governo dos EUA para regulamentar o setor:

“Mais de 90% da atividade de stablecoins ocorre em moedas atreladas ao dólar americano. Os reguladores dos EUA têm um forte interesse em exercer autoridade regulatória sobre stablecoins, dado o papel central das reservas denominadas em dólares americanos para esses ativos”.

Enquanto isso, o chefe de políticas públicas norte-americanas da Chainalysis, Jason Somensatto, observou que a regulamentação de stablecoins apresenta certas complexidades, mas espera-se que essas questões sejam resolvidas em breve:

“Esses debates são solucionáveis e devem ser resolvidos em breve, no interesse da concorrência global e da regulamentação necessária”, diz.

Isto ocorre após o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA publicar um rascunho de seu projeto de lei sobre stablecoins, no dia 15 de abril. O texto sugere várias mudanças, incluindo uma pausa nas stablecoins algorítmicas e dar ao banco central do país (Fed) mais controle sobre stablecoins de empresas não bancárias.

Capitalização em baixa

De acordo com o DefiLlama, o valor total de mercado (TVL) das stablecoins é de US$ 124,56 bilhões no momento. Por outro lado, o USDT possui uma participação dominante de 67,6%.

Atividade de stablecoins cai nos Estados Unidos, diz relatório
Fonte: DefiLlama

No dia 22 de setembro, novos dados revelaram que a capitalização de mercado de stablecoins caiu para US$ 124 bilhões em setembro. Este foi o nível mais baixo desde agosto de 2021.

No entanto, entre 118 stablecoins, BUSD e FRAX registraram as quedas mais substanciais entre as 10 principais por capitalização de mercado.

A capitalização de mercado do BUSD diminuiu 19,2%, para US$ 2,5 bilhões. Entretanto, a FRAX registrou um declínio de 16,7%, reduzindo a sua capitalização de mercado para US$ 670 milhões.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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