As lições que o Mercado Bitcoin aprendeu ao expandir em Portugal

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O Mercado Bitcoin expandiu suas operações para Portugal, adquirindo a Criptoloja em 2022 e oferecendo produtos brasileiros na Europa.
  • A empresa aprendeu a importância de adaptar-se às práticas locais, mantendo a equipe portuguesa para garantir o sucesso da operação.
  • A expansão abriu portas para o Mercado Bitcoin atuar em outros países da União Europeia, destacando o potencial global das criptomoedas com nuances locais.
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A indústria cripto mundial vê com interesse o mercado brasileiro. Mas, isso não significa que os players locais não tenham olhos para o exterior da mesma forma.

Um exemplo é o Mercado Bitcoin, a maior exchange de criptomedas do país, que já tem operações no exterior e quer ampliá-las. O BeInCrypto conversou com o Diretor de Novos Negócios da empresa, Fabrício Tota, para entender as lições que ela aprendeu com essa experiência.

Mercado Bitcoin exportou o Brasil para a Europa

A primeira aquisição do Mercado Bitcoin no exterior foi a exchange Criptoloja, de Portugal, em 2022. Em seguida, em 2023, ela recebeu o nome de Mercado Bitcoin Portugal e continua operando até hoje.

“Nós fomos bem recebidos em Portugal, especialmente quando levamos ativos do Brasil para lá”, lembra Tota. Ele acrescenta que a aquisição permitiu que o mercado da Europa tivesse acesso a produtos que antes só estavam disponíveis por aqui.

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É algo que Tota chama de “exportar a taxa de juros”, ou seja, produtos tokenizados como o Renda Fixa Digital, que oferecem riscos em ativos brasileiros e oferecem rendimentos em dólar.

“A sinergia que nós encontramos em Portugal foi justamente essa ideia de levar produtos do Brasil para esse público mais amplo na Europa”, explica.

Essa experiência permitiu que os executivos do Mercado Bitcoin – incluindo Tota – entrassem em mais contato com outros players da indústria. Ele conta que a recepção sempre foi boa.

Isso ocorre por causa dos avanços do mercado cripto no Brasil. Tota lista, por exemplo, o desenvolvimento do DREX e o avanço da regulamentação.

“A percepção do Brasil no espaço cripto mundial mudou com o tempo. Ela passou de algo como ‘nossa, também existe Bitcoin no Brasil!’ para ‘nossa, é lá que estão fazendo uma CBDC com o apoio do governo?’ e ‘nossa, é lá que o Banco Central vai regular as exchanges?’”, aponta.

De olho na Europa

A aquisição da Criptoloja trouxe outra vantagem inusitada, porém benvinda. A empresa já possuía permissão do Banco Central português para operar no país.

E, de acordo com a Lei MiCA, isso significa que o Mercado Bitcoin também pode operar em outros países da União Europeia.

O processo de operação ainda não está finalizado, afirma Tota. Mas a ideia é justamente aproveitar essa oportunidade. Mesmo assim, entrar em um novo mercado não é uma operação fácil.

Tota cita o próprio exemplo de Portugal, em que o Mercado Bitcoin manteve a equipe da Criptoloja para operar. “É importante, mesmo que você vire controlador de uma operação em outro país, ter alguém de lá que conheça o modus operandi local. Não adianta impor as nossas práticas”, explica.

É por isso, ele acrescenta, que há poucos players que dominam operações em vários países ao mesmo tempo. “Na América Latina, há poucos. Os países são muito, mas muito diferentes”, diz.

A grande lição que o MB aprendeu foi que era impossível implementar novas operações de forma semelhante ao que aconteceu na operação brasileira. “Nós aprendemos com as práticas dos nossos sócios em Portugal já tinham e que nós ganharíamos ao explorar novos produtos e não impondo a nossa forma”.

Em suma, a lição que fica para o Mercado Bitcoin é que o setor cripto de cada país é diferente. Criptomoedas, portanto, são um produto global com nuances locais, Tota resume.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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