O Departamento de Justiça da Argentina solicitou a extradição de um trader vinculado a um modelo de golpe milionário perpetrado no mundo das criptomoedas.
O trader paraguaio Rodrigo David Díaz Acosta está sob custódia no Paraguai por sua suposta participação em uma rede criminosa internacional dedicada a fraudes virtuais por meio do uso de malware e phishing.
País desmantela esquema com cripto
O modus operandi da rede criminosa era sofisticado e altamente técnico. Através de e-mails infectados com malware ou vírus Trojan, eles conseguiram obter credenciais bancárias de diversas empresas na Argentina.
Uma vez que conseguissem esses dados, eles faziam transferências eletrônicas para contas de laranjas, que emprestavam suas identidades e contas bancárias para receber o dinheiro roubado em troca de uma porcentagem.
Em um caso específico, a quadrilha conseguiu fraudar um depósito de materiais em Vicente López por uma quantia considerável. Duas irmãs, identificadas como Bustamante, atuaram como intermediárias nesse golpe.
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Elas receberam uma parte do dinheiro roubado e transferiram para uma plataforma financeira que os converteu em criptomoedas. Além disso, a maioria dos ativos na conversão eram anteriormente tokens ERC20 da rede Ethereum.
Em seguida, essas criptomoedas foram enviadas para a conta de Díaz Acosta, que trabalhava como trader. A complexidade desta operação criminosa envolve tanto indivíduos dentro da Argentina como outros no exterior. Este fator exigiu colaboração internacional em pesquisa.
Primeira colaboração entre Argentina e Paraguai para impedir golpe com criptomoedas
A Unidade Fiscal Especializada em Investigações de Crimes Cibernéticos (Ufeic) do Departamento Judiciário de San Isidro, na Argentina, sob a direção de Alejandro Musso, liderou a investigação no país. Além disso, houve a cooperação do Ministério Público do Paraguai para identificar e prender os responsáveis no exterior.
A prisão de Díaz Acosta no Paraguai marca um marco na luta contra o crime cibernético e as fraudes financeiras na Argentina. É a primeira vez que o país solicita a extradição de um trader de criptomoedas devido a um golpe virtual no país. Este caso sublinha a importância da cooperação internacional na investigação e repressão de crimes financeiros que transcendem as fronteiras nacionais.
Entretanto, na Argentina, as autoridades continuam a procurar outros envolvidos nesta rede criminosa, incluindo Federico Fernández Alcaraz, um fugitivo de nacionalidade paraguaia que está ligado a uma fraude ainda maior.
As investigações em curso indicam que esta rede pode ter acumulado um saque de mais de um bilhão de pesos. O que destaca a magnitude e o alcance das suas atividades ilícitas. O caso de Rodrigo David Díaz Acosta e a sua ligação a uma fraude milionária na Argentina representa outro exemplo da popularidade que o cibercrime e as fraudes financeiras estão a ganhar na era digital.
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