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Argentina: Criptomoedas podem ser alternativa no país com inflação de 75% ao ano?

3 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • Em meio à crise financeira, argentinos buscam alternativas à inflação.
  • Com juros de 75% a.a, criptomoedas conquistam consumidores na Argentina.
  • Estudos da Visa apontam que 1 em cada 4 jovens da Geração Z escolhe cripto como investimento.
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A derrocada do peso argentino frente ao dólar e a dificuldade do governo da Argentina em frear a escalada de preços, conseguir manter a estabilidade da moeda e minimizar os efeitos da crise tem levado a população a buscar novas alternativas em busca de rentabilidade para fazer o dinheiro render. E as criptomoedas, aliás, são uma delas.

O valor do peso argentino em relação ao dólar americano caiu quase 12% somente em janeiro, atingindo uma taxa recorde de 386 pesos por dólar. Além disso, para piorar o cenário, a expectativa para o país não é boa. A previsão é que, até 2024, a inflação dos vizinhos chegue a 79,6%.

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Atualmente, a taxa anual da inflação está no maior patamar em mais de três décadas (75% a.a). De acordo com dados oficiais do governo, os preços ao consumidor subiram 94,8% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2022.

Criptomoedas ao resgate

Em meio a um cenário de ampla desvalorização da moeda, criptoativos e stablecoins se tornam opções atraentes de investimento para os argentinos. O CEO da Transfero, Thiago Cesar, por sua vez, acredita que, no Brasil, os argentinos estão entre os maiores usuários de criptomoedas na região.

“Parte disso é por causa dos rígidos controles cambiais e da inflação anual de quase 100%. Muitos deles costumam proteger seus patrimônios com Tether (USDT). Assim como com o Bitcoin, mas os que fazem isso com BTC é porque estão esperando uma valorização. Já os que fazem com stablecoins querem apenas proteger o patrimônio contra a inflação”.

Outra questão econômica do país são as mais de 20 taxas diferentes para o dólar. Existe até a cotação para o dólar cripto, que, aliás, é o que tem mais valor. Nem o controle do governo sobre limites para compra de dólares, entradas e saídas de moedas estrangeiras impede esses câmbios paralelos que deixam as finanças ainda mais caóticas e difíceis de controlar.

“Quando juntamos esse cenário com a inflação, é natural que as pessoas tentem buscar um refúgio. No passado, as buscavam um refúgio com imóveis, algo que pudesse guardar algum tipo de valor. Agora, isto ocorre com as criptomoedas”.

Ripio lança cartão cripto na Argentina

Olhando para esse cenário, a Ripio lançou um cartão cripto na Argentina. Ele pode pagar qualquer serviço ou produto em lojas físicas e online usando criptomoedas ou pesos.

O cartão também garante cashback automático de 3% em USDC para as compras realizadas até 31 de março de 2023. Os limites são de 10 mil em pesos argentinos por mês e por cliente.

A plataforma é responsável pela conversão da criptomoeda em moeda oficial, como o peso, por exemplo, para que a transação seja processada pela rede da Visa. Ou seja, ela é realizada em moeda oficial, após a conversão do valor em criptomoedas mantidas pelo cliente.

O cartão pode ser recarregado através de transferência bancária diretamente para a carteira na plataforma. O uso do Ripio Card evita a necessidade de vender de cripto para depois fazer um pagamento ou ter que transferir o dinheiro de outra fonte para concluir a transação. Isto ocorre porque ele usa o saldo disponível na carteira, seja em cripto ou em pesos.

“Este lançamento vai ao encontro do nosso objetivo de conectar a nova economia digital, que traz as criptomoedas ao mundo das finanças tradicionais e por isso decidimos fazê-lo com um cashback de 3% em USDC, uma proposta única no mercado”, afirma o CEO e cofundador da Ripio, Sebastián Serrano

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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