O excesso de calor produzido pela mineração de Bitcoin pode ser a solução de um problema ainda mais antigo, o frio, graças a um projeto da Hestiia. A ideia é simples: canalizar esse calor e usá-lo para aquecer o ambiente.
A ideia, claro, é voltada para países frios, que já precisam de aquecedores para sobreviver ao inverno.
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Mineração ecológica de Bitcoin
A proposta da Hestiia é simples: acoplar um minerador de Bitcoin a um radiador na parede, que canaliza o excesso de calor para o ambiente. Além disso, a empresa quer usar chips ASIC reciclados, o que torna o produto mais ecológico.
A empresa adquiriu os chips de data centers que os descartaram ao atualizar para produtos mais novos. Em seguida, ela os instala em uma placa customizada que pode redirecionar o calor para o radiador.
O CEO e fundador da empresa, Antoine Cossart, explicou o processo ao TechCrunch:
“Três quartos da energia usada para aquecimento ainda é baseada em combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, ao redor do mundo, governos de diversos países estão banindo este tipo de aquecimento em troca do elétrico. Pumps de calor são vistos como a única solução, mas o problema é que eles são caros e difíceis de instalar. E eles são barulhentos e não são muito eficientes. O que nós fizemos foi trocar o aquecedor tradicional por um computador”.
Por ser um sistema inteligente, o equipamento também pode se adaptar ao fornecimento de energia de acordo com a demanda e pré-aquecer a casa antes do dono chegar. Outras funcionalidades incluem desligar ao detectar o uso de outro eletrodoméstico e ligar sozinho depois.
A parte interna do aquecedor é feita com resina reciclada e plástico. O controle do sistema ocorre por meio de um app, usado para definir a temperatura. Quanto maior for a demanda, mais chips a placa aciona.
Até agora, o aquecedor está em fase de testes. A Hestiia afirma que já vendeu 230 unidades, que devem ser entregues a partir de fevereiro. O objetivo é vender até 2.000 aquecedores até o final de 2024, principalmente na França.
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