As plataformas P2P (peer-to-peer) estão se consolidando como uma das alternativas mais eficientes para enviar e receber dinheiro na América Latina. Ao permitir transações diretas entre pessoas usando criptomoedas ou stablecoins, elas oferecem custos menores que bancos tradicionais, liquidação quase instantânea e adaptação aos métodos de pagamento locais.
Com a crescente popularidade das stablecoins, especialmente em países com alta inflação, o P2P vem se tornando uma ferramenta essencial para remessas internacionais, pagamentos e proteção de valor.
A seguir, listamos as seis melhores plataformas P2P para pagamentos internacionais na América Latina, destacando suas vantagens, taxas e pontos de atenção.
1. Bybit P2P
A Bybit P2P oferece taxas zero para compradores e vendedores em muitas transações. A plataforma suporta mais de 300 cripto ativos, além de mais de 60 moedas fiduciárias e mais de 300 métodos de pagamento locais, incluindo opções populares como Pix no Brasil.
- Taxas: 0% em transações e 0% taxa de uso
- Criptomoedas suportadas: dezenas de ativos, com foco em stablecoins como USDT e USDC.
- Segurança: fundos em custódia até a confirmação do pagamento.
Prós
- Sem taxa da plataforma.
- Grande número de métodos de pagamento locais.
- Crescente liquidez na região.
Contras
- Spread pode variar bastante entre anunciantes.
- KYC obrigatório para limites maiores.
2. Bitso
A Bitso, exchange mexicana que se expandiu para Brasil e outros países da região, também atua como facilitadora P2P por meio de pares em moeda local.
- Taxas: variam por par e volume, mas competitivas em relação ao mercado.
- Criptomoedas suportadas: Bitcoin, Ethereum, stablecoins e outros ativos principais.
Prós:
- Exchange regulada, maior confiança institucional.
- Forte presença no México e Brasil.
- Suporte a depósitos e saques em moeda local.
Contras:
- Não é uma plataforma P2P “clássica”, e sim híbrida.
- Menos opções de métodos de pagamento que concorrentes P2P puros.
3. Ripio
A argentina Ripio se consolidou como carteira digital e exchange, oferecendo também negociações diretas em moeda local para vários países da região.
- Taxas: dependem de cripto e rede escolhida.
- Criptomoedas suportadas: BTC, ETH, stablecoins e altcoins selecionadas.
Prós
- Interface amigável e suporte em espanhol e português.
- Forte presença em Argentina e Brasil.
- Opção de operar diretamente em moeda local.
Contras
- Liquidez menor que plataformas globais.
- Variedade de ativos inferior a grandes exchanges.
4. OKX P2P
A OKX P2P vem ganhando espaço na América Latina, oferecendo taxas zero e suporte para stablecoins com múltiplos métodos de pagamento locais.
- Taxas: 0% da plataforma (spreads definidos por vendedores).
- Criptomoedas suportadas: stablecoins, BTC, ETH e mais.
Prós
- Taxa zero para usuários.
- Boa variedade de moedas locais e métodos de pagamento.
- Parte de uma exchange global sólida.
Contras
- Base de usuários ainda menor na região comparada à Binance.
- Alguns métodos de pagamento locais ainda em expansão.
5. Paxful
A Paxful é referência global em P2P, com forte atuação na América Latina. Seu diferencial está na enorme variedade de métodos de pagamento, que vão de transferências bancárias a carteiras digitais e até cartões-presente.
- Taxas: 1% para vendedores; compradores geralmente não pagam taxa da plataforma.
- Criptomoedas suportadas: Bitcoin, stablecoins e mais algumas opções.
Prós
- Suporte a centenas de métodos de pagamento.
- Boa cobertura em diversos países da LATAM.
- Custódia integrada garante mais segurança.
Contras
- Taxa de 1% para vendedores pode ser alta.
- Liquidez varia bastante entre países.
6. El Dorado P2P
Criada na América Latina, a El Dorado é focada em stablecoins para transferências e remessas internacionais. Opera em Argentina, Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Panamá, sempre com atenção às moedas locais.
- Taxas: variam por operação, com spreads entre compradores e vendedores.
- Criptomoedas suportadas: stablecoins como USDT, USDC e DAI.
Prós
- Especializada em stablecoins, reduzindo volatilidade.
- Integração com pagamentos locais e remessas internacionais.
Contras
- Menor diversidade de criptoativos.
- Regulamentações locais podem impactar operações (ex.: suspensões na Venezuela).
O que avaliar antes de escolher uma plataforma P2P?
Na hora de decidir qual usar, considere:
- Taxas e spreads: zero taxa da plataforma não significa custo zero, pois o spread pode variar.
- Métodos de pagamento locais: Pix, transferências bancárias e carteiras digitais são diferenciais na LATAM.
- Liquidez no seu país: maior volume significa melhores preços e mais rapidez.
- Segurança e reputação: prefira plataformas com custódia e sistemas de reputação robustos.
- Conformidade regulatória: evite riscos de bloqueio verificando se a plataforma atua legalmente no seu país.
O que nós achamos?
As plataformas P2P estão transformando a forma como latino-americanos enviam, recebem e protegem valor. Da Bybit, que oferece taxa zero e muitos métodos locais, à Ripio e Bitso, que adaptam serviços às moedas da região, há opções para todos os perfis de usuário.
Escolher a plataforma certa significa equilibrar custos, segurança e disponibilidade local — pontos cruciais para aproveitar ao máximo o potencial das criptomoedas como ferramenta de pagamentos internacionais.