Um balanço contábil da Fenix International, controladora da OnlyFans, revelou que a empresa investiu parte de seu capital de giro em Ethereum (ETH).
Embora a empresa não tenha revelado quanto ETH tem, ela deixou implícito que havia sofrido perdas no final do período do relatório – novembro de 2022.
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Lucro do OnlyFans cresceu 21%, mas ETH deu prejuízo
A Fenix International é proprietária do serviço de assinatura digital OnlyFans, uma plataforma normalmente associada a conteúdo de vídeo adulto.
Num recente balanço financeiro apresentado à Companies House no Reino Unido, a empresa informou que:
“Durante o ano, o Grupo diversificou parte do seu capital de giro em criptomoeda (“Ethereum” ou “ETH”). Não há limitações ou restrições à capacidade do Grupo de vender os ativos de criptomoeda”.
A declaração não detalha as participações da Fenix nem o valor exato de seu investimento em criptomoedas. No entanto, ela afirma que “o ativo sofreu imparidade ao seu justo valor no final do ano”.
Isso sugere que o ETH do OnlyFans valia menos no final de novembro do que quando foi comprado. Isto não é surpreendente, no entanto. No período de 365 dias coberto pelo pedido recente, o Ethereum perdeu mais de 70% de seu valor, caindo de US$ 4.448 para US$ 1.217.
No entanto, para o proprietário do OnlyFans, perder dinheiro no Ethereum parece não ter prejudicado sua receita.
No geral, as vendas no ano aumentaram 17%, para US$ 1,1 bilhão. Entretanto, a empresa registou lucros antes de impostos de US$ 525 milhões, um aumento de 21% em relação ao ano anterior.
Por que as empresas investem em cripto?
Além de empresas de investimento especializadas e fundos de hedge, muitas empresas incorporaram criptomoedas em suas carteiras de investimento. Um exemplo é a Tesla, que se tornou uma das primeiras empresas conhecidas a manter Bitcoin em seu tesouro corporativo em 2021.
Em seguida, a montadora se desfez de três quartos de seu BTC no segundo trimestre de 2022. E, dado o desempenho instável do preço do ativo no segundo semestre do ano, essa foi provavelmente uma jogada inteligente.
Um documento de janeiro junto da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) revela que a participação em Bitcoin da Tesla registrou uma perda de US$ 204 milhões em 2022.
Mas o CEO Elon Musk não esconde sua fé em criptomoedas. Como ele explicou naquele ano, a Tesla está “certamente aberta a aumentar [suas] participações em Bitcoin no futuro”. Ele insistiu que a decisão de vender “não deve ser tomada como um veredicto sobre o Bitcoin”.
Empresas apostam em BTC e ETH
Outras empresas que fizeram investimentos de alto perfil em criptomoedas incluem a empresa americana de software MicroStrategy e a gigante chinesa de tecnologia digital Meitu.
A MicroStrategy começou a investir em cripto em 2020, quando comprou Bitcoin no valor de US$ 250 milhões. Na época, o CEO Michael J. Saylor explicou a lógica por trás da decisão da empresa:
“Nosso investimento em Bitcoin faz parte de nossa nova estratégia de alocação de capital, que busca maximizar o valor de longo prazo para nossos acionistas. Este investimento reflete a nossa crença de que o Bitcoin, como a criptomoeda mais amplamente adotada no mundo, é uma reserva confiável de valor e um ativo de investimento atraente com maior potencial de valorização a longo prazo do que manter dinheiro”.
Desde então, a empresa tornou-se uma das maiores portadoras corporativas de Bitcoin do mundo. Ela agora possui mais de 150.000 Bitcoins, no valor de cerca de US$ 3,91 bilhões a preços atuais.
Como resultado da queda do preço do BTC no início de agosto, a MicroStrategy registrou uma perda impressionante de US$ 600 milhões no valor de seus investimentos. No entanto, a empresa não sinalizou qualquer intenção de reduzir sua posição.
A Meitu, por outro lado, favoreceu o ETH como investimento. Em seu relatório anual para 2022, a empresa relatou participações em Ethereum avaliadas em US$ 37,3 milhões e em Bitcoin no valor de US$ 15,6 milhões.
Contabilizando os ganhos de mercado desde então, a Meitu poderia atualmente ter mais de US$ 50 milhões apenas em ETH.
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