Bitcoin btc
$ usd

Zoom: em Meio a Crise de Segurança, Empresa Anuncia Escritório no Brasil

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Empresa vai contratar profissionais brasileiros
  • Executivo aposta na transparência para contornar crise
  • Serviço já tem um servidor em São Paulo
  • promo

O Zoom pode ajudar a agitar um mercado que vem resistindo à crise do coronavírus, ao mesmo tempo em que tenta convencer clientes de que pode ser tão seguro quanto a concorrência.
A companhia dona do aplicativo de videochamadas Zoom anunciou que já trabalha para abrir escritório no Brasil. O anúncio ocorre dias depois que o software passou por duas de suas maiores crises de segurança. Nesta semana, especialistas descobriram contas do serviço à venda na dark web, e hackers dizem ter posse de pelo menos duas falhas zero day dos programas para Windows e Mac. Ao Estadão, o diretor de mercados internacionais da companhia, Abe Smith, reforça que o crescimento meteórico do Zoom é sem precedentes. Para a empresa, o aumento repentino no número de reuniões de 10 milhões para 200 milhões por dia está diretamente ligado à descoberta de falhas de segurança. “Certamente, não há na história da tecnologia um crescimento como esse”, afirmou ao jornal. O Zoom afirma que, atualmente, tem cinco funcionários que falam português e já encaminha contratações para o escritório no Brasil. A abertura está prevista para o segundo semestre, após a pandemia de coronavírus.

Entenda os problemas do Zoom

O problema começou com uma falha na coleta de dados do login com a conta do Facebook. Em seguida, começou a surgir o chamado zoombombing, que envolve a invasão de chamadas por estranhos com o objetivo de perturbar. O problema mais sério, contudo, pode ter a ver com o nível de segurança prometido. Segundo pesquisadores do Citizen Lab, o serviço usa uma criptografia frágil para gerar chaves que protegem as comunicações. Dessa forma, o nível de segurança da ferramenta não estaria no nível de concorrentes como Skype e Hangouts Meet. Além disso, soluções baseadas em blockchain, como Fortknoxster e Livepeer, oferecem chaves mais seguras. Além disso, há dúvidas com relação aos servidores chineses onde essas informações são mantidas. Segundo o Zoom, um dos seus 17 servidores de dados está em São Paulo.

Aposta na Transparência

A Anvisa chegou a proibir que servidores utilizassem o Zoom para comunicação. O mesmo aconteceu com diversas empresas no Brasil e no exterior. Para o executivo, a chave para resolver as questões é apostar na transparência.
“Para ganharmos a confiança desses clientes transparência é fundamental. Fomos os mais abertos e transparentes na história da tecnologia. Publicamos informações quase diariamente. Publicamos um relatório de transparência. Formamos um conselho, que nos permite consultar os melhores especialista do mundo”.
A empresa contratou o consultor Alex Stamos, ex-Facebook, para lidar com a verdadeira crise de segurança e privacidade que se instalou nos aplicativos.

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

d5d468215717a9856e67059bb80b21e2?s=120&d=mm&r=g
Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021...
READ FULL BIO
Patrocinados
Patrocinados