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Yuan supera o dólar nas transações internacionais. Fim da linha para a moeda dos EUA?

3 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

Resumo

  • O comércio transfronteiriço da China é dominado pelo yuan pela primeira vez na história.
  • Argentina e Tailândia estão buscando se afastar da moeda dos EUA.
  • O domínio do dólar como reserva global está acabando.
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Mais países estão abandonando o dólar americano como moeda para negociações internacionais. Como resultado, as transações transfronteiriças chinesas agora são dominadas por sua própria moeda, o yuan.

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O yuan chinês ultrapassou o dólar americano como a moeda mais usada nas transações internacionais da China pela primeira vez na história. Os pagamentos e recebimentos transfronteiriços chineses em yuan subiram para um recorde de US$ 549,9 bilhões em março, ante US$ 434,5 bilhões no mês anterior, segundo a Reuters.

O salto aumentou a participação do yuan nas transações internacionais para 48,4%, enquanto a participação do dólar caiu para 46,7%.

A China vem pressionando sua própria moeda para transações internacionais em um esforço para se distanciar da moeda dos EUA. Devido a isso, o número de países que adotam o yuan para o comércio aumentou nos últimos meses.

Yuan supera o dólar nas transações internacionais. Fim da linha para a moeda dos EUA?
Fonte: Twitter

A Reuters observou que o volume de transações internacionais abrange tanto as contas correntes quanto as de capital.

Países desejam se livrar do dólar

A crise bancária nos Estados Unidos, que já viu quatro grandes bancos entrarem em colapso neste ano, está aumentando os temores sobre a posição do dólar como moeda de reserva global.

Nesta semana, Argentina e China fizeram um novo acordo. Em 26 de abril, a Reuters informou que o país da América Latina começaria a pagar pelas importações chinesas em yuan, em vez de usar o dólar. A medida visa aliviar as reservas cada vez menores que o país tem na moeda norte-americana. Segundo o governo argentino, o país pretende pagar cerca de US$ 1 bilhão de importações chinesas em yuans em vez de dólares neste mês.

Nesta quinta-feira (27), a mídia local tailandesa informou que o Banco da Tailândia estava em negociações com o banco central da China. Os dois estão considerando o uso de acordos de yuan-baht para “mitigar o risco cambial em meio à volatilidade contínua do dólar americano”.

No final de março, o Brasil e a China chegaram a um acordo para usar suas próprias moedas para o comércio, em vez de usar o dólar. Além do Brasil e da Argentina, Rússia, Índia, Quênia, Cazaquistão, Paquistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e vários outros países abandonaram o dólar em favor de moedas locais para fazer negociações internacionais.

No final de março, um funcionário do governo russo falou sobre uma moeda digital do BRICS para distanciar o bloco do dólar.

Desvalorização ao longo do tempo

Distanciamento e desvalorização do dólar não são novidade. A moeda diminuiu em termos de poder de compra desde 1971. Na época, o presidente dos Estados Unidos, Nixon, cessou a conversibilidade direta de dólares em ouro.

No entanto, os bancos centrais ainda detêm cerca de 60% de suas reservas cambiais em dólares, de acordo com o Visual Capitalist.

Yuan supera o dólar nas transações internacionais. Fim da linha para a moeda dos EUA?
Fonte: Visual Capitalist

A saída do dólar também gerou entradas em ativos de reserva de valor, como ouro e Bitcoin. À medida que a tendência de desdolarização continua, a demanda por criptomoedas e commodities provavelmente aumentará.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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