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Volume de buscas por Bitcoin despenca, mas preço segue em alta

3 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Volume de busca por Bitcoin no Google Trends permanece baixo.
  • CEO da Bitwise destaca que investidores institucionais estão impulsionando a alta.
  • Mudanças no comportamento da informação e maturidade do mercado contribuem para queda.
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A quantidade de pesquisas por Bitcoin no Google tem sido um indicador chave do interesse público. Historicamente, aumentos nas pesquisas por Bitcoin costumam estar alinhados com valorização do preço da criptomoeda, criando uma correlação entre o interesse popular e os movimentos de mercado.

No entanto, o CEO da Bitwise, Hunter Horsley, recentemente observou um fenômeno intrigante. Apesar do volume de buscas pela palavra-chave “Bitcoin” no Google permanecer consistentemente baixo por um longo período, o preço da criptomoeda continua a rondar os US$ 90 mil.

Volume de busca por Bitcoin cai: sinal de mudança nas dinâmicas de mercado

No último ano, o interesse público caiu de quase 75 pontos para cerca de 25 pontos, sem sinais claros de recuperação. O gráfico do Google Trends revela que o interesse público diminuiu gradualmente após picos no volume de buscas durante 2017 e 2021, alinhados com grandes altas do Bitcoin. Agora, tem flutuado em um nível baixo por vários anos.

Enquanto isso, o preço da principal cripto em 2025 aumentou 380% em comparação com seu pico de 2017, e 38% em relação ao seu máximo de 2021.

Volume de Busca por Bitcoin. Fonte: Google Trends.
Volume de Busca por Bitcoin. Fonte: Google Trends.

Hunter Horsley enfatizou que, embora o preço da criptomoeda esteja subindo, a falta de atenção pública sugere que essa alta não é impulsionada pelo FOMO (medo de perder) dos investidores de varejo. Em vez disso, Horsley acredita que investidores institucionais são a principal força por trás da dessa alta.

O Bitcoin a US$ 94 mil, ainda — buscas no Google por ‘Bitcoin’ perto de mínimas de longo prazo. Isso não foi impulsionado pelo varejo. Instituições, consultores, empresas e nações entraram no espaço, Horsley afirmou.

A participação de investidores no mercado de Bitcoin se diversificou consideravelmente, sinalizando uma nova fase de maturidade para o setor de criptomoedas. No entanto, isso não implica que os investidores de varejo tenham perdido o interesse. Eles continuam ativos, mas agora por meio de produtos de investimento voltados para o nível institucional.

Grandes instituições como BlackRock, Fidelity e ARK Invest entraram ativamente no mercado por meio de ETFs de Bitcoin. Esses fundos atraíram fluxos de capital substanciais indiretamente provenientes de investidores de varejo por meio de canais institucionais.

Acho que o varejo já está dentro. E muito dentro. Mas eles não estão comprando à vista. Quando as pessoas dizem que são as instituições (BlackRock, Fidelity, ARK, etc.) que estão fazendo todas as compras, é o dinheiro do varejo que está por trás de tudo isso. Um investidor comentou no X

Recentemente, a Fidelity relatou que empresas públicas adicionaram quase 350 mil BTC após a eleição nos EUA. Elas têm comprado mais de 30 mil BTC por mês até agora em 2025. Além disso, a ARK Invest prevê que o Bitcoin pode chegar a US$ 2,4 milhões até 2030, impulsionado pela adoção institucional.

Outras razões por trás da queda no volume de buscas por Bitcoin

Vários outros fatores podem explicar essa queda:

Primeiro, o BTC não é mais um conceito novo. Após mais de uma década de existência, a maioria das pessoas interessadas em cripto já possui conhecimento básico. Elas não precisam mais buscar informações sobre o Bitcoin com a mesma frequência de antes.

Segundo, mudanças no comportamento de busca por informações também desempenham um papel crucial. Muitos usuários agora recorrem a ferramentas de IA ou plataformas de mídia social como o X para obter atualizações, em vez de depender de buscas no Google.

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Gabriel Gameiro
Formado em jornalismo pela PUC de São Paulo, Gabriel Gameiro é acumula 10 anos de experiência profissional. Ao longo de sua carreira, passou por diversas redações pelo país, tendo um portfólio robusto de coberturas e publicações de diferentes segmentos.
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