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Você ainda não percebeu, mas as criptomoedas já mudaram o sistema de pagamentos

1 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Mais de 659 milhões de pessoas já usam cripto, com foco crescente em pagamentos e não apenas em investimento.
  • Stablecoins movimentaram US$ 8,5 trilhões em 2024, superando até mesmo a Visa.
  • PayPal lança função para pagar com cripto nos EUA, com economia de até 90% nas taxas.
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É muito provável que você esteja realizando pagamentos, sem nem ao mesmo perceber. Há grandes chances de você ter algum Pix automático cadastrado para ser executado mensalmente, uma conta de consumo registrada em débito automático ou até mesmo um simples toque no celular no caixa do supermercado.

É assim que os meios de pagamentos estão se tornando cada vez mais ágeis e eficientes. Mas, agora, imagine isso acontecendo com criptomoedas. Global, sem precisar converter, sem fricção, com velocidade, eficiência — e sem o peso das taxas internacionais ou da burocracia bancária.

Parece ainda uma utopia, não é? Mas, a realidade é outra. Hoje, você já está participando dessa nova mudança dos meios de pagamentos e talvez nem tenha percebido ainda. No máximo, deve ter lido algo relacionado à PayPal aceitando criptomoedas em seu portfólio.

Isso nos faz pensar que, se nos últimos anos o debate sobre cripto girava em torno de investimento e especulação, hoje, a conversa mudou: estamos falando de usabilidade massiva, de experiência do usuário e de uma nova lógica para o dinheiro digital. E o que era futuro virou presente mais rápido do que muita gente imaginava.

1 a cada 13 pessoas têm cripto
De acordo com uma pesquisa recente conduzida pela Reown em parceria com a YouGov, pagamentos e inteligência artificial são hoje os dois principais motores da adoção cripto no mundo. O levantamento, que ouviu mais de mil usuários ativos dos Estados Unidos e Reino Unido, mostrou que 37% dos entrevistados apontam essas duas frentes como os grandes vetores de expansão da criptoeconomia em 2025.

Se a gente aprofundar, os números ficam ainda mais interessantes. No caso, 34% dos participantes já afirmaram que utilizam ativamente criptomoedas em pagamentos. Já 27% acreditam que essa será a experiência on-chain dominante nos próximos três a cinco anos.

Soluções “secundárias”, como staking ou farming acabaram perdendo tração, o que sugere que a utilidade das moedas digitais no mundo real é maior do que o interesse em tentar “farmar” um pouco mais de tokens.

De fato, apenas a negociação de criptomoedas em si ainda se mantém no topo, com 36% de preferência, mas os pagamentos já aparecem em segundo lugar (10%) e crescem em empolgação futura (14%).

No pano de fundo, temos um ecossistema que se expandiu globalmente. Em 2025, mais de 659 milhões de pessoas em todo o mundo — cerca de 1 em cada 13 indivíduos — já usam cripto.

E é claro que as empresas também reagiram a esse crescimento.

Não à toa, agora 85% das companhias com faturamento acima de US$ 1 bilhão já utilizam criptomoedas para inovar, reduzir custos e expandir canais de pagamento com clientes, de acordo com dados da CoinsPaid.

Com isso, não há dúvidas de que as criptomoedas deixaram de ser uma promessa e se tornaram uma infraestrutura estratégica para pagamentos digitais locais e globais — especialmente, quando aliada à inteligência artificial.

A economia se movimenta pró-cripto

Onde há adoção, há oportunidade. E é isso que muitos segmentos da economia estão acompanhando: como capitalizar o interesse do público com criptomoedas em conjunto com os serviços prestados pelas empresas.

Neste caso, as stablecoins estão despontando como o grande motor da mudança dos meios de pagamentos. Em 2024, por exemplo, o volume de transações com stablecoins atingiu impressionantes US$ 8,5 trilhões — mais que o dobro das transações processadas pela Visa no mesmo período. O motivo? Rapidez, baixas taxas e alcance global, sem a volatilidade que ainda acompanha ativos como Bitcoin ou XRP.

Esse volume todo aconteceu com uma classe de tokens que detém “apenas” US$ 274,6 bilhões. Ou seja, os pagamentos e operações entre carteiras estão a pleno vapor.

Quando a gente focaliza onde isso mais acontece, vemos que o setor imobiliário é um dos que mais vem se beneficiando. Transações de alto valor exigem estabilidade e eficiência, e moedas como USDC têm se mostrado o meio de troca ideal.

Além disso, a geração de compradores mais jovens — 94% dos usuários de cripto pertencem às gerações Y e Z — já espera poder pagar imóveis com ativos digitais, do mesmo modo que pagam por assinaturas ou compras online.

Quem também deu mais um passo dentro do mercado cripto foi a PayPal. Recentemente, foi lançada nos EUA a funcionalidade “Pay with Crypto”, onde a solução permite pagamentos com mais de 100 criptomoedas — incluindo BTC, ETH, USDT, USDC, XRP e SOL — por meio de carteiras como Metamask.

O mecanismo é simples, com a plataforma realizando a conversão instantânea para a stablecoin própria da empresa, a PYUSD. A operação alega ter taxas reduzidas, podendo gerar uma economia de até 90% em comparação com pagamentos via cartão internacional.

Esses casos deixam claro que não se trata mais de testar ou explorar. Grandes players já estão implementando e expandindo o uso de cripto como alicerce para novas experiências de pagamento. E, por isso, a lógica acaba sendo bastante simples: quem entrega mais valor com menos fricção, sai na frente.
Isso é novidade?

Apesar dos pagamentos com criptomoedas ainda não estarem tão difundidos quanto a especulação em si, olhar para o movimento da PayPal e outras empresas não é uma grande novidade. Enquanto muitas dessas instituições estão fazendo seus lançamentos, no Brasil, a infraestrutura para este tipo de operação – seja nacional ou internacional – já está pronta há anos.

Seja pelo Grupo Foxbit ou outras empresas do setor, hoje é extremamente simples e desburocratizado realizar cobranças e pagamentos com criptomoedas. O que ainda não se consolidou para muitos empresários é o quanto esse tipo de operação pode ser infinitamente mais eficiente e barata para o dia a dia.

Ao mesmo tempo, entretanto, é nítida a demanda crescente por esse tipo de solução. Em algum momento, forçadamente ou não, essas empresas vão passar a aceitar moedas digitais.Mas, como eu costumo dizer: Inovar depois da inovação, não é necessariamente um grande pulo do gato. Fazer isso de forma antecipada, sim, é um sinal de caminhar em direção ao futuro.

As novas gerações estão vindo com tudo, comprando, consumindo e investindo cada vez mais. E se para muitos as compras online demoraram para se tornar corriqueiras, para os adultos-jovens, essa é uma prática quase que natural. Por isso, a inclusão de meios de pagamento coerentes com o público é um passo imprescindível para as empresas que querem ter uma fatia deste novo jogo nos próximos anos.

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