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Vitalik Buterin propõe carteiras ocultas para manter privacidade no Ethereum

2 mins
Por Harsh Notariya
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Vitalik Buterin propõe um sistema que garante privacidade no Ethereum
  • A versão atual de transações em um blockchain não oferece privacidade aos usuários.
  • Sistema tem problemas que ainda não foram resolvidos.
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O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, sugeriu usar carteiras ocultas para garantir a privacidade nas transações da blockchain.

Cada atividade on-chain de um usuário é um livro aberto para o público analisar, já que o blockchain é um livro-razão público. Se alguém souber o endereço público de um usuário, saberá quando e onde  ele gasta suas criptomoedas.

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Portanto, é um desafio manter a privacidade ao interagir com blockchains, particularmente os públicos, como o Bitcoin e o Ethereum.

Vitalik Buterin reconhece isso em um post em seu blog chamado de “Um guia incompleto para endereços ocultos”. Segundo ele, “a privacidade é um dos maiores desafios no ecossistema”.

Os problemas do fluxo atual

Vitalik Buterin usa o exemplo de dois indivíduos, Alice e Bob, para explicar a questão da privacidade com o atual sistema de transações. Atualmente, Bob envia seu endereço de carteira diretamente ou através do Ethereum Name Service (ENS) para Alice receber ativos.

Alice então envia os ativos para a carteira de Bob, e, agora, ele pode gastar e controlar o ativo.

Neste cenário, qualquer pessoa que conheça o registro ENS ou o endereço público de Bob pode ver que ele recebeu alguns ativos de Alice.

A ideia de Vitalik Buterin é manter estas transações em sigilo com seu novo sistema de endereços ocultos.

Vitalik Buterin propõe privacidade on-chain com sistema de endereços ocultos

Buterin define um endereço oculto como “um endereço que pode ser gerado por Alice ou Bob, mas que só pode ser controlado por Bob”. O novo fluxo de trabalho envolve Bob gerando uma “chave de gastos” e usando-a para gerar um metaendereço invisível.

Alice então terá que realizar algum cálculo no metaendereço oculto, pelo qual ela pode gerar um endereço furtivo e, em seguida, enviar a transação para ele, que Bob pode acessar por meio da chave de gastos.

De maneira simplificada: “Endereços ocultos fornecem as mesmas propriedades de privacidade de Bob, gerando um novo endereço para cada transação, mas sem exigir nenhuma interação de Bob”.

No início de agosto, Vitalik discutiu esse mecanismo para propriedade privada de NFTs.

Protocolos como o Tornado Cash limitavam-se apenas a fornecer privacidade nas transações de ativos fungíveis, algo que o sistema de Vitalik Buterin também quer dar para tokens não fungíveis.

Além disso, devido às sanções, existem vários desafios regulatórios para o uso de ferramentas como o Tornado Cash.

Desafios com carteiras furtivas

O professor de segurança e criptografia aplicada, Ian Miers, vê alguns problemas com endereços ocultos por que, uma vez gerados, eles não podem ser reutilizados, já que oferecem a mesma privacidade de um novo endereço de e-mail.

Vitalik Buterin também destacou alguns desses problemas com a implementação, como exigir “muitas taxas”. Além disso, ele menciona alguns desafios de longo prazo, como a dificuldade de recuperação social.

Ele conclui o texto dizendo que “a longo prazo, esses problemas podem ser resolvidos, mas o ecossistema parece depender fortemente de provas de conhecimento zero”.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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