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Vazamento de 223 milhões de CPFs pode ter conexão com TSE, dizem especialistas

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Empresa de segurança descobriu que fotos vazadas são de candidatos políticos.
  • Imagens são encontradas em site do TSE.
  • Especialistas, porém, não descartam envolvimento da Serasa.
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Empresa de segurança descobriu que fotos presentes no banco de dados vazado são todas de pessoas que se candidataram a cargos políticos.

O Tribunal Superior Eleitoral pode ter relação com o vazamento de dados relacionados a 223 milhões de CPFs. Um novo estudo divulgado nesta sexta-feira (5) aponta que parte das informações que compõem o banco de dados pode ter sido originada dos servidores do TSE.

O ponto de conexão são as fotos de rosto que compõe o conjunto de dados vazados. Segundo a empresa de cibersegurança Syhunt, as fotos coincidem com as imagens de perfis de candidatos do site DivulgaCand, do TSE. As fotos, portanto, seriam todas de pessoas que se candidataram a cargos políticos.

Entre elas está, por exemplo, a foto do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A base de dados que contém as fotos traz duas pastas denominadas 2014 e 2018, e ambas contam com fotos de Dino. Nesses dois anos, ele se candidatou para o cargo de governador do estado nordestino.

Segundo o Estadão, uma análise aleatória de 50 imagens extraídas das pastas do banco de dados mostrou que todas eram de candidatos e podiam ser encontradas no site do TSE. De acordo com a reportagem, não parece haver padrão de distribuição, pois haveria candidatos a vereadores em cidades em todas as regiões do Brasil. Ao mesmo tempo, nem todos os candidatos estavam no conjunto.

O suposto envolvimento do TSE pode afastar suspeita da Serasa?

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O descobrimento das fotos pode levar a crer, dessa forma, que o vazamento poderia ter origem em uma base pública. Com isso, a novidade poderia possivelmente por em cheque a suspeita de que a raiz seria a Serasa. Ao Estadão, no entanto, o fundador da Syhunt, Felipe Daragon, explica que não é bem assim.

Existem dois caminhos para obter essas imagens: ou foi diretamente no TSE ou em algum outro banco de dados que utiliza as fotos.

Segundo especialistas, a origem das fotos que compõem o banco de dados reforçaria a tese de que o vazamento não teria uma única origem. Uma invasão aos servidores da Serasa, no entanto, permanece como principal fonte dos dados.

Em resposta ao jornal, o TSE garantiu que o episódio não tem relação com as falhas sofridas pelo Tribunal nas últimas eleições.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), criada com a LGPD, se comprometeu a apurar o caso. Além disso, o STF determinou a abertura de investigação para apurar o vazamento de dados dos ministros da Corte.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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