A gravadora Universal Music Group (UMG) fez parceria com a Endel, uma empresa de música com inteligência artificial (IA).
A aliança visa investigar o potencial da produção musical assistida por IA, informou a imprensa na quarta-feira (24). No entanto, a parceria também gerou um debate na indústria.
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Música assistida por IA assume o controle
O projeto supostamente se concentra na criação de ‘música funcional’. Ou seja, isto é, essencialmente, música de fundo que pode ser usada para atividades como relaxar, meditar e dormir.
A notícia é significativa porque alguns artistas famosos, como James Blake e Grimes, já usaram o Endel para criar suas canções, observou a Rolling Stone.
Essa parceria é um grande passo para a Universal, já que a indústria da música tem sido cautelosa ao integrar a IA. Enquanto isso, a UMG afirma que quer garantir que a IA seja usada de forma ética.
A empresa expressou que não quer infringir os direitos dos artistas. Eles também querem garantir que a IA não aumente o mercado de música lotado.
No entanto, ainda não está claro se a integração terá uma recepção positiva de artistas, fãs e da comunidade musical em geral.
Por meio dessa colaboração, artistas da Republic e da Interscope Records já começaram a trabalhar nas faixas, de acordo com o jornal. Nesse ínterim, a UMG reafirmou sua dedicação à defesa dos direitos dos artistas e enfatizou as obrigações morais e legais dos provedores de streaming de se proteger contra o uso indevido de seus serviços.
A Rolling Stone citou o vice-presidente executivo e diretor digital da UMG, Michael Nash. O executivo enfatizou o uso ético de ferramentas de IA para aprimorar a criatividade artística de seus artistas, gravadoras e compositores.
Enquanto isso, o CEO da Endel, Oleg Stavitsky, vê a IA como a ferramenta ideal para ajudar as pessoas a se concentrar, relaxar e dormir com o poder do som.
O grande debate
Nos últimos meses, surgiu um debate online sobre se a IA aprimora os artistas ou os substitui. Isso veio à tona quando surgiram pesquisas sobre a IA ultrapassando vários caminhos de emprego.
Portanto, a IA ultrapassando artistas reais no futuro pode ser consistente com a atitude da indústria musical em geral. A Human Artistry Campaign foi lançada em março por organizações comerciais bem conhecidas no mundo da música.
Ele enfatizou a singularidade da criação humana e a necessidade de inovação de IA responsável que incentive e recompense o desempenho e a originalidade humanos.
O músico e ativista dos direitos dos artistas Sting levantou preocupação sobre a luta que os músicos precisam travar para proteger seu trabalho do advento de canções criadas por inteligência artificial. Ele insiste que os humanos são os legítimos proprietários dos elementos fundamentais da música.
Ele também acredita que nesta luta entre o homem e a máquina, devemos defender a criatividade humana da IA.
A parceria entre UMG e Endel é um sinal de que a IA está se tornando cada vez mais importante na indústria da música
Os amantes da música expressaram desconfiança e controvérsia sobre o uso de vozes clonadas de músicos famosos em canções geradas por IA. Enquanto isso, a arte gerada por IA também levantou preocupações após um incidente recente.
Recentemente uma imagem de IA de uma explosão perto do Pentágono em Washington, DC, que deixou o mercado de ações em pânico. Além disso, à medida que a eleição presidencial dos EUA de 2024 se aproxima, aumentam as preocupações com a influência de deep fakes na democracia.
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