A exchange de criptomoedas chinesa Huobi dissolveu a entidade Beijing Huobi Tianxia Network Technology Co., Ltd. na última quinta-feira (22), de acordo com um comunicado publicado no sistema empresarial nacional da China.
A empresa, fundada em 2013 pelo CEO da Huobi Group, Li Lin, cancelará o seu registro na China em 45 dias. Li também chefia a equipe de liquidação, a quem os credores devem declarar suas reivindicações dentro deste prazo. A entidade possui 10 milhões de yuans (US$ 1 milhão) em capital registrado e um total de cinco subsidiárias.
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Restrições a exchanges
Esta decisão obviamente se deve à repressão das autoridades chinesas ao comércio e mineração de criptomoedas. Além das operações de mineração, que estão sendo restringidas, outras exchanges também estão sofrendo pressão do governo local.
Por exemplo, a exchange OKEx dissolveu sua entidade com sede na China chamada Beijing Lekuda Network Technology Co., no último sábado (24). O fundador da OKEx, Mingxing Xu, está supervisionando o processo de liquidação e compensação da empresa.
Huobi e OKEx já lidaram com uma restrições chinesas antes, mudando suas sedes para o exterior após a repressão das autoridades à criptomoedas em 2017. Além disso, a entidade de Pequim da OKCoin também entrou com pedido de dissolução em junho deste ano, enquanto uma das exchanges mais antigas da China, a BTC China, anunciou que suspenderia suas negociações.
Combate ao mercado cripto
No início deste ano, as autoridades chinesas proibiram instituições bancárias e de pagamentos de fornecerem serviços para empresas relacionadas à criptomoedas. Eles disseram que esses ativos perturbam a ordem econômica e financeira tradicional, enquanto “infringem gravemente a segurança da propriedade das pessoas”.
Pouco tempo depois, as autoridades voltaram sua atenção para a mineração de criptomoedas. A razão seria a proteção ao sistema financeiro do país enquanto reduzia as emissões de carbono. Antes responsável por quase 70% da mineração global do Bitcoin (BTC), a proibição da China inevitavelmente levou a um êxodo em massa dos mineradores do país.
Apesar das proibições envolvendo o Bitcoin e demais criptomoedas, a China está muito entusiasmada com sua tecnologia blockchain. O país também está entre as mais avançadas nações do mundo em termos de desenvolvimento de sua moeda digital de banco central (CBDC). Seu governo espera ser o país mais avançado do mundo em tecnologia blockchain até 2025.
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