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UBS Prevê Dólar a R$ 7,35. Será Que Está na Hora de Começarmos a Pensar em Adotar Moedas Descentralizadas?

3 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • UBS prevê que o dólar pode bater R$ 7,35
  • Essa alta irá acontecer se o governo der sinais de que perdeu o controle sobre os gastos públicos
  • Nesse cenário de incertezas, discutir sobre a adoção de moedas descentralizadas é importante
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A alta do dólar, que chegou a bater impressionantes R$ 5,72 no final da manhã de hoje, foi impulsionada por tensões políticas envolvendo a exoneração do diretor geral da Polícia Federal e a demissão de Sérgio Moro, Ministro da Justiça. Estas incertezas político-econômicas que assolam o país podem nos levar a um cenário muito pior.
Porém, esse cenário que nós estamos vivendo agora vai ser tranquilo se a previsão do UBS se concretizar. O UBS, banco suíço, atualizou suas estimativas para o câmbio brasileiro, a fim de incorporar os impactos da pandemia de coronavírus sobre a economia e as contas públicas. E, se formos comparar, o cenário que estamos vivendo hoje é muito tranquilo em relação com as previsões pessimistas do UBS. De acordo com a previsão do banco suíço, o dólar poderá fechar 2020 a R$ 5,75 e em 2021 a moeda americana poderá chegar a impressionantes R$ 7,35.

O Pior Está Por Vir?

Segundo o UBS existem 2 principais cenários para o Brasil: o dólar fechar 2020 em R$ 4,95 ou chegar a R$ 7,35 em 2021. Para que o primeiro cenário aconteça, algumas variáveis devem se alinhar. O Índice DXY precisa recuar e o spread entre títulos brasileiros e americanos, com vencimentos em dois anos, deve cair. Ou seja, o dólar precisa se depreciar frente a outras moedas como o iene e o euro. Porém, se a crise econômica piorar, e o governo der sinais de que perdeu o controle das contas públicas, o câmbio pode disparar. Vale lembrar também que o Brasil apresenta um dos maiores níveis de endividamento, entre os países emergentes. Tony Volpon e Fabio Ramos, que assinam o relatório do banco suíço, falam que a questão central é se o Brasil será capaz de retornar, e também fortalecer, os esforços de reforma, diante desta deterioração adicional dos seus fundamentos fiscal e de crescimento. Vale lembrar também que a demissão do Sérgio Moro pode abalar ainda mais a relação do presidente com o ministro da economia, Paulo Guedes, e isso será mais um empecilho para que as reformas propostas sejam aprovadas.

Está na Hora de Discutirmos Sobre Moedas Descentralizadas?

Dólar batendo recordes atrás de recordes, projeções pessimistas para o PIB e indicativos de até 6% de recessão, Henrique Meirelles pedindo para o Banco Central imprimir dinheiro e previsões desanimadoras sobre a inflação, essa é a realidade brasileira. Diante desse cenário que parece aterrorizante, será que já não está na hora de começarmos a discutir sobre as moedas descentralizadas? Neste cenário, onde o governo está tentando realizar medidas atrás de medidas para tentar diminuir a crise, que em grande parte, principalmente nesses últimos dias, está sendo criada por ele mesmo, cabe a nós nos perguntarmos: se uma das prerrogativas do Estado é ser detentor único e intransferível da emissão de moeda e por tal detém esse imenso poder de socializar os prejuízos junto a sociedade, o que aconteceria se esse monopólio fosse quebrado? E se a emissão de moeda fosse descentralizada e impelida ao mercado, de forma que as moedas mais eficientes se ajustassem a demanda existente? Pode ser uma utopia acreditar que a adoção de uma moeda descentralizada, como o bitcoin, fosse acontecer no Brasil. Andreas Antonopoulos acredita na possibilidade do Bitcoin e das moedas fiduciárias coexistirem. Ainda mais porque existe, do ponto de vista da política econômica, a dúvida sobre qual seria a capacidade para se fazer politíca monetária com uma moeda não controlada, basicamente todos os instrumentos conhecidos atualmente não funcionariam. Há quem diga que em um país como o Brasil, que possui um longo histórico de agressões e desrespeito à moeda, adotar uma moeda descentralizada, como o bitcoin, seria como refundar todo um sistema. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.
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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
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