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Trufa gigante será vendida como NFT

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Os NFT comestíveis não são nenhuma novidade nesse cenário alucinatório de que tudo hoje em dia pode ser um NFT impotencial.
  • A ideia de Bernard não é só ganhar dinheiro, mas provar para o consumidor, que seus fungos gigantes têm boas procedências, já que o blockchain faz isso com maestria.
  • Muitos restaurantes e lanchonetes famosas tem lançado os tokens como promoções e novos produtos. Esse foi o caso do Burger King e de Dave & Buster's.
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Os NFT comestíveis já não são novidade nesse cenário alucinatório de que tudo hoje em dia pode ser tokenizado.

Animado com o sucesso e o dinheirão que os criadores de tokens não fungíveis (NFTs) tem recebido por suas artes digitais, Bernard Planche, um trufficulteur francês, não pensou duas vezes antes de correr no quintal para desenterrar uma das suas maiores trufas. Ela já tinha destino certo: se tornar um NFT.

A venda ocorre no OpenSea e o vencedor terá duas opções para pagar a trufona, em criptomoedas ou em dinheiro normal. Com isso, ele não só receberá a trufa gigante, um NFT para provar a sua autenticidade, mas uma cópia do certificado físico.

Cred/Trufa Negra Gigante vai à venda via leilão da NFT (thespoon.tech)

E se você quiser a trufa gigante, é melhor correr, porque a licitação termina sexta-feira. Nesse dia, Plance pretende mostrar como são feitas as caças de trufas, com direito às perseguições de porcos e cachorros. Em seguida ele oferecerá um jantar Surpresa du Chef.

Há mais de 30 anos vivendo com as trufas

Bernard entende tudo de trufas, e agora pretende entender de NFTs. Ele se tornou um famoso cultivador delas e faz isso há mais de 30 anos.

Cred/Trufa Negra Gigante vai à venda via leilão da NFT (thespoon.tech)

Para quem não sabe, a trufa é o fungo comestível mais apreciado no mundo. A trufa negra, também conhecida como tuber melanosporum, é gigante e chega a pesar, em média, entre 2 e 18 onças. E entre elas, existe a trufa de Planche, que tem o triplo desse tamanho, embora não seja a maior trufa do mundo, suas características a colocam como uma trufa rara.

A ideia de Bernard não é só ganhar dinheiro, mas provar para o consumidor que seus fungos gigantes têm boas procedências, já que o blockchain faz isso com maestria.

Quando questionaram o produtor de trufas da razão de torná-las um NFT, ele explicou que: “Demonstrar como as novas tecnologias podem ser usadas para apoiar e até fortalecerem as tradições culturais de longa data”.

Tokenização chegou ao mercado de alimentos

Leiloar trufas em NFT é uma novidade, mas há um tempo os comestíveis já vem fazendo parte desse mundo tecnológico.

O objetivo dos produtores com os NFTs não é apenas ganhar dinheiro, mas comprovar para os consumidores a autenticidade de seus produtos. Por isso, várias Startups estão usando o blockchain.

Entre os estabelecimentos mais conhecidos estão o LegitFish de Boston, que tem usado a tecnologia para fazer a rastreabilidade de seus produtos, desde 2018. A Ecogistix também vem fazendo isso há pelo menos meia década.

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Muitos restaurantes e lanchonetes famosas tem lançado os tokens como promoções e novos produtos. Esse foi o caso do Burger King e de Dave & Buster’s. A promoção da rede de fast food fazia parte de uma campanha da empresa chamada Keep It Real da empresa. A ideia é eliminar 120 ingredientes artificiais de seu cardápio. A empresa explica que:

“Os hóspedes podem digitalizar um código QR em cada caixa Keep It Real Meal para receber uma das três peças coletivas de jogo NFT. Quando o conjunto completo é coletado, os hóspedes recebem um quarto NFT, uma recompensa que poderia ser um colecionável digital 3D, sanduíches Whopper grátis por um ano, mercadoria autografada ou uma chamada com um dos embaixadores de celebridades da campanha”.

A rede Dave & Buster’s também entrou na onda dos NFTs como forma de fidelizar os clientes e em promoções. Eles criaram o programa “1 de 1 Super Master NFT e um Dave & Buster’s Power Card de US$ 10.000”, que usa a plataforma NFT da Sweet para oferecer cartões digitais e tokens de ingressos. “1 de 1 Super Master NFT e um Dave & Buster’s Power Card de US$ 10.000”.

E as novidades do NFT em restaurantes não param por aqui. Gary Vaynerchuk, fundador do serviço de reservas para restaurantes Resy, já avisou que em 2023 vai abrir o primeiro restaurante NFT do mundo, o Flyfish Club.

A novidade já tem até endereço, em Nova Iorque e um investimento bem salgado de US$ 14 milhões. Apesar do restaurante ainda não existir, já existe até uma lista de prováveis clientes.

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Priscila Gorzoni
Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, em ciências sociais pela USP, em direito pela Universidade Mackenzie, lato sensu em Fundamentos da arte e cultura pela Unesp-SP e mestre em história pela PUC SP. Iniciei minha carreira nas revistas passando por publicações como Bons Fluidos, Nova, Cláudia, Saúde. Mundo Estranho, Superinteressante e National Geographic Brasil. Publiquei alguns livros como O Guia do Autônomo, Os animais em guerra da editora Matrix, Os mortos-vivos da...
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