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Tribunal dos EUA rejeita tentativa da Tether (USDT) ocultar a composição de reservas

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Nesta não é a primeira tentativa de tornar público os dados da reserva da Tether.
  • Empresa alega que as informações requeridas podem a prejudicar frente à concorrência.
  • A petição foi requerida no estado de Nova York.
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A suprema corte do estado de Nova York rejeitou a petição apresentada pela Tether (USDT) solicitando a sigilo dos documentos que especificam suas reservas.

Os representantes legais da Tether e sua controladora, iFinex, entraram com uma ação judicial contra a procuradoria geral de Nova York em fevereiro, para impedir que a CoinDesk obtenha e divulgue os documentos. Na petição eles argumentam que:

“Os documentos em questão incluem os registros internos não públicos da Bitfinex e da Tether que foram desenvolvidos com custos consideráveis e não podem ser adquiridos por seus concorrentes a não ser por meio da solicitação da lei de acesso à informação (FOIL)”.

A petição foi negada e o perfil Crypto Whale divulgou na terça-feira (17), em seu Twitter, os documentos da decisão judicial.

Não é a primeira tentativa de divulgar os detalhes da composição de reservas da Tether. Em 2021, uma empresa de pesquisa ofereceu US$ 1 milhão por qualquer informação sobre os detalhes da reserva da Tether.

A Tether é a maior emissora de stablecoin nos mercados de criptomoedas, com mais de US$ 74 bilhões em tokens em circulação. Quase metade de todas as transações no par Bitcoin em exchanges centralizadas são negociados em USDT, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Tether pagou multa de US$ 18,5 milhões

No ano passado a empresa pagou US$ 18,5 milhões à NYAG referente ao processo no qual, juntamente à Bitfinex, tentou encobrir um rombo de US$ 850 milhões causado por problemas com seu processador de pagamentos Crypto Capital Corp.

As empresas também se comprometeram a divulgar o balanço dos ativos trimestralmente. Após a entrega do primeiro balanço a CoinDesk solicitou a documentação via Lei de acesso à informação (FOIL), a Tether recorreu alegando que a publicação “causaria desequilíbrio a favor de seus concorrentes”.

Em um comunicado publicado no dia 4 de fevereiro, a Tether disse que “o acordo especificou quais informações devem ser divulgadas publicamente e o que deve ser divulgado em particular para a NYAG” como detalhes específicos de investimentos. Destacando que os aspectos privados “são aqueles que nenhuma empresa publicaria para a concorrência explorar”.

Tanto em seu arquivamento legal quanto na declaração pública, a Tether alegou que a CoinDesk está buscando os documentos porque sua controladora, Digital Currency Group (DCG), é investidora da Circle, a emissora por trás da stablecoin concorrente USDC. A DCG também apoia a Blockstream, desenvolvedora da Liquid Network, uma sidechain do Bitcoin e um dos vários sistemas que o Tether usa para emitir USDT.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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