No Reino Unido, a justiça condenou dois homens a um total de 12 anos de prisão por envolvimento em fraudes com criptoativos. De fato, o crime gerou prejuízos superiores a US$ 2 milhões. A Financial Conduct Authority (FCA), órgão regulador do sistema financeiro britânico, ainda busca recuperar os fundos perdidos das 65 vítimas.
Segundo comunicado da FCA, Raymondip Bedi e Patrick Mavanga participaram de um esquema fraudulento entre fevereiro de 2017 e junho de 2019. No caso, eles comercializaram tokens falsos, alegando oferecer serviços de consultoria em criptoativos. Ambos se declararam culpados das acusações de fraude em 2023.
Embora tenham confessado os crimes em 2023, a justiça do Reino Unido só concluiu o caso nesta semana. Além da pena de cinco anos pelos crimes, Mavanga recebeu uma pena adicional de um ano e dois meses. Supostamente, ele teria excluído gravações de chamadas telefônicas com o parceiro onde continham provas das fraudes.
Confissões são o principal caminho para solucionar golpes com cripto
A FCA destacou que a lentidão no processo se deve ao acúmulo de casos semelhantes, alguns iniciados ainda em 2016. Em junho, o órgão concluiu 11 processos relacionados a fraudes com ativos digitais, envolvendo réus que confessaram os crimes.
As autoridades reforçam a atuação no combate a fraudes no setor de criptoativos, com foco especial em práticas como publicidade enganosa. Além disso, a entidade tenta liderar reformas regulatórias na área, embora enfrente críticas por sua abordagem considerada punitiva.
Brasil também enfrenta ataques de hackers cripto
Nesta semana, o Brasil ficou em alerta quando um ataque hacker teria movimentado R$ 1 bilhão dos fundos compartilhados do Banco Central (BC) para a blockchain. Nesta sexta-feira (04), um suspeito foi preso após confessar vender suas credenciais por R$ 15 mil para um grupo de hackers que teria feito uma abordagem em um bar.
De fato, o suspeito conta que o golpe foi planejado por três meses, desde o primeiro contato em março de 2025. Segundo ele, primeiro teria sido oferecido o valor de R$ 5 mil pela senhas de acesso a plataforma da C&M Software, uma das pontes para a infraestrutura do BC. Porém, após recusar, o grupo aumentou o valor em R$ 10 mil, quando o profissional de T&I aceitou participar do ataque hacker ao BC.
Apesar da prisão, a Polícia Civil de São Paulo ainda não sabe qual era o grupo de pessoas por trás da empreitada, as investigações continuam.
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