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Tokens RWA podem representar uma nova era no mercado cripto

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Atualizado por Luís De Magalhães

Diariamente, novos projetos trazem à tona soluções para problemas reais que a indústria tradicional não conseguiu resolver. Nesse sentido, um recurso que vem chamando a atenção são os tokens RWA – sigla para “Real World Assets” ou “ativos do mundo real”.

Esses ativos unem o digital à valorização de bens físicos, como imóveis, obras de arte, commodities e títulos governamentais. Nesse caso, eles são transformados em tokens digitais que podem ser divididos, transferidos e negociados em uma Blockchain. 

Ganhando força no mercado por serem menos voláteis que o Bitcoin, já que seu valor se baseia em ativos reais, os tokens RWA trazem mais transparência e confiabilidade ao mercado.

Eles também possibilitam um ecossistema financeiro mais inclusivo e eficiente, com acesso ampliado a boas oportunidades de investimento e gestão simplificada de patrimônios. Além disso, a integração dos RWAs na blockchain reduz barreiras para ativos de alto valor e permite vendas parciais sem exigir a liquidação total dos bens.

Imóveis como ativos

Pensando em imóveis como ativos reais, vale destacar que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a enxergar o potencial desse setor e, além disso, a incorporar um contrato inteligente na matrícula do imóvel. Com isso, o país começa a desenvolver produtos financeiros inovadores a partir dos RWA.

Imagine, por exemplo, uma casa representada por tokens. A tokenização permite dividir o imóvel em várias partes, possibilitando a venda de tokens de propriedade ou seu uso como garantia em negociações financeiras. No Brasil, já existem bancos que custodiam ativos digitais, permitindo usar um imóvel, ou parte dele, como garantia de financiamento. Ao quitar o valor financiado, o banco devolve os tokens correspondentes à porcentagem negociada da propriedade.

Leia mais: 5 tokens RWA para negociar em outubro de 2024

Contratos inteligentes

Os contratos inteligentes permitem incluir na matrícula do imóvel uma garantia que impede sua venda antes da quitação do financiamento, proporcionando maior segurança ao banco. Além disso, a blockchain torna as regras das operações auditáveis e imutáveis, aumentando a segurança para todos os envolvidos.

Embora ainda haja um longo caminho para integrar eficientemente ativos ao blockchain, esses tokens, na minha visão, têm o potencial de inaugurar uma era de maior acessibilidade e eficiência em investimentos e gestão de ativos reais e digitais.

*Eduardo Carvalho é CEO e cofundador da Dynasty Global AG, a primeira empresa de criptoativo no mundo a usar o mercado imobiliário como referência para emissão de tokens de pagamento. Com vasta experiência nos setores imobiliário e de tecnologia, é um dos principais especialistas em criptoativos na Europa.

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Eduardo Carvalho
CEO e fundador da Dynasty Global AG, Eduardo Carvalho iniciou a sua trajetória no mundo de criptoativos em 2016, quando fundou a empresa. Com mais de 5 anos de atuação no mercado imobiliário anteriormente, o executivo encontrou nos criptoativos uma solução para transformar a forma de movimentar os ativos imobiliários, além de solucionar problemas como a liquidez no nicho. Hoje, o brasileiro está à frente da Dynasty Global, com sede no 'Crypto Valley', na Suíça.
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