O uso de blockchain e tokenização começa a remodelar a conciliação de crédito no país. Uma nova plataforma digital, desenvolvida pela Mannah em parceria com a Hathor Network, mostrou que é possível multiplicar o volume de contratos liquidados e reduzir custos operacionais sem ampliar equipes ou redesenhar processos internos.
Nos testes realizados, o volume conciliado saltou de R$ 19 milhões para R$ 95 milhões por mês, enquanto o custo operacional caiu de R$ 83,3 mil para R$ 29,8 mil — uma redução de 64%. O tempo de liquidação também encurtou, com pagamentos ocorrendo até oito dias úteis antes, gerando cerca de R$ 360 mil mensais em economia de capital. Além disso, a taxa de inconsistências nos documentos recuou de 12% para menos de 1%.
SponsoredContratos tokenizados e maior eficiência operacional
A tecnologia da plataforma se baseia na tokenização de contratos e ativos financeiros, transformando cada documento em um token digital único, com registro imutável na blockchain Hathor. Essa estrutura garante rastreabilidade, reduz disputas jurídicas e elimina etapas manuais, tornando o processo mais transparente e auditável.
Segundo Pedro Xavier, CEO da Mannah, “o contrato se torna um ativo vivo e rastreável, que elimina fricções e acelera negócios. Blockchain é fluidez com segurança”.
Do pioneirismo em precatórios ao crédito tokenizado
Em 2023, a Mannah liderou a maior tokenização de ativos reais da América Latina, ao lado da Acura Capital e da Hathor, estruturando R$ 1 bilhão em precatórios do Estado do Maranhão. Agora, a empresa aplica a experiência ao mercado de crédito, incluindo consignados e FIDCs, preparando o terreno para os TIDCs (Tokenized Investment Debt Certificates).
De acordo com Yan Martins, CEO da Hathor Network, “esta é a aplicação concreta da infraestrutura blockchain brasileira, escalável e acessível, que traz eficiência real às operações”. A expectativa é que o modelo reduza custos e aumente a transparência no sistema financeiro, tornando a gestão de crédito mais ágil e confiável.