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Tether recebe ordem judicial para comprovar recursos nos EUA

3 mins
Por Robert Knight
Traduzido Thiago Barboza

EM RESUMO

  • Um juiz dos EUA ordenou que a Bitfinex/Tether abra os livros sobre o processo de cunhagem do USDT.
  • A decisão vem na ação coletiva movida contra o emissor da stablecoin.
  • O processo de contabilidade da Tether tem sido foco de especulação significativa da indústria ao longo dos anos.
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Em um caso que pode ter repercussões significativas para a indústria de criptomoedas em geral, a juíza norte-americana Katherine Polk Failla ordenou que a Tether (USDT) produza documentação contábil para provar que a stablecoin é lastreada em dólares americanos.

A ordem, que foi assinada pela juíza Failla na terça-feira (21), vem no processo de ação coletiva de US $ 1,4 trilhão em andamento contra o emissor da stablecoin.

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A decisão será um golpe significativo para os representantes legais da Tether, Debevoise e Plimpton, que argumentaram que os Pedidos de Produção (RFP) de documentos do Autor eram “exagerados”.

O Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York discordou desse argumento. O tribunal agora exige que a Tether produza “razões gerais, balanços, demonstrações de resultados, demonstrações de fluxo de caixa e demonstrações de lucros e perdas”.

Um caso obscuro para Tether

A ação coletiva contra a Tether está em andamento desde novembro de 2019, mas acelerou com uma recente enxurrada de moções tanto para os autores quanto para os réus, Bitfinex/Tether.

Em uma moção no início deste mês, a equipe jurídica da Tether argumentou que uma das equipes jurídicas representando os demandantes (Roche Freedman) fosse removida do caso após alegações de impropriedade. Se essa moção em particular for bem-sucedida, o caso do queixoso continuará independentemente.

O cerne do processo de US$ 1,4 trilhão está focado na cunhagem do USDT e em quais ativos exógenos, se houver, apoiam esse processo de cunhagem. Embora os usuários possam esperar que cada USDT seja lastreado por um dólar americano ou ativo equivalente, esse não é necessariamente o caso.

A ação coletiva alega que a Tether, pelo menos a partir de 2017, se envolveu no processo fraudulento de cunhagem de Tether sem lastro. O caso alega ainda que a Tether usou esses tokens vazios e não suportados para comprar Bitcoin e aumentar o preço no que equivalia a um enorme esquema de “pump and dump”.

Agora, alguma luz pode finalmente ser trazida para o caso após a decisão da juíza Failla sobre os pedidos de produção (RFP) do demandante de documentos-chave.

Na terça-feira, ela decidiu que “o Tribunal considera que as RFPs de registros financeiros dos Autores não são muito amplas, principalmente porque os Réus tiveram oportunidades de fazer produções de amostra das RFPs de registros financeiros, mas não conseguiram fazê-lo apesar do acordo dos Autores a tal proposta”.

“Os queixosos explicam claramente por que precisam dessa informação: para avaliar o lastro do USDT com dólares americanos e permitir que um contador forense avalie a reserva do USDT”, acrescentou o juiz.

Pipoca em standby

A decisão da juiza pode lançar luz sobre uma das questões mais controversas do setor.

A falta de transparência que envolve a cunhagem da Bitfinex, Tether e USDT tem sido um ponto de discórdia no setor há anos. A conta do Twitter de edição única Bitfinexed tem 86.000 seguidores e se dedica ao assunto desde 2017.

A Tether também forneceu o combustível no qual os céticos eternos das criptomoedas, como Amy Castor e David Gerard, se sustentaram por anos.

Agora o tempo da especulação pode estar chegando ao fim, e o tempo da verdade está próximo. Com US$ 68 bilhões em Tether no mercado, qualquer revelação negativa pode produzir um evento de nível de terremoto no setor de criptomoedas.

Para aqueles que gostam de assistir a filmes de desastres, agora pode ser um bom momento para passar manteiga na pipoca. Apenas para o caso de.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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