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Tether nomeia novo CFO para auditar e melhorar a transparência de reservas

2 mins
Atualizado por Lucas Espindola

EM RESUMO

  • Tether nomeia Simon McWilliams, com mais de 20 anos de experiência em gestão financeira.
  • Ex-CFO Giancarlo Devasini será presidente, focando em tarefas macro.
  • Espera-se que a nomeação de McWilliams ajude a Tether a realizar uma auditoria abrangente, melhorando a transparência.
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A Tether, gigante das stablecoins, anunciou a nomeação de Simon McWilliams como novo diretor Financeiro (CFO).

Com a experiência de Simon McWilliams em auditoria financeira, parece que a Tether espera que ele possa conduzir uma auditoria financeira abrangente. A empresa está buscando se tornar, principalmente, mais transparente sobre suas reservas, enquanto a pressão regulatória aumenta.

Simon McWilliams torna-se o novo CFO da Tether

Conforme o último anúncio, a Tether nomeou Simon McWilliams como seu novo Diretor Financeiro (CFO). Com essa nomeação, a Tether quer fortalecer a confiança dos usuários, reguladores e parceiros institucionais, enquanto solidifica a posição dominante no mercado de stablecoins de US$ 232 bilhões.

A experiência de Simon em auditorias financeiras o torna o CFO perfeito para liderar a Tether nesta nova era de transparência. Com sua liderança, estamos avançando decisivamente em direção a uma auditoria completa, reforçando nosso papel no apoio à força financeira dos Estados Unidos (EUA) e expandindo o engajamento institucional, escreveu Paolo Ardoino, CEO da Tether.

Simon McWilliams traz mais de 20 anos de experiência em gestão financeira. Ele já orientou grandes empresas de investimento em auditorias rigorosas. Assim, a nomeação marca um passo significativo para a Tether, especialmente dado o ceticismo contínuo em relação à legitimidade e transparência de suas reservas.

Desafios que a Tether enfrentou com ex-CFO

Após a nomeação de McWilliams, o ex-CFO da Tether, Giancarlo Devasini, passará a ocupar o cargo de Presidente. Nesta nova posição, Devasini agora se concentrará na estratégia macroeconômica, direcionando a Tether para se tornar parte do sistema financeiro dos EUA e promovendo a adoção global de ativos digitais.

Sob a liderança de Devasini, a Tether enfrentou críticas constantes por não ter uma auditoria abrangente. De 2022 até agora, a empresa confiou apenas em relatórios de atestação trimestrais da firma de contabilidade BDO. Esses relatórios são considerados, sobretudo, insuficientes em detalhes que uma auditoria abrangente exigiria.

Essa falta de transparência tem gerado muitas dúvidas, especialmente após um acordo de 2021 com a Procuradoria Geral de Nova York (NYAG). A investigação da NYAG revelou que a Tether havia deturpado que o USDT era lastreado 1:1 pelo dólar americano.

Além disso, a Tether e a Bitfinex, uma empresa intimamente afiliada, denunciaram a ação judicial emendada de manipulação de preços.

Relatório de Reservas da Tether. Fonte: Tether
Relatório de Reservas da Tether. Fonte: Tether

Embora a Tether tenha se esforçado para divulgar as reservas, 82,35% consistem em caixa, equivalentes de caixa e outros depósitos de curto prazo. Quase 80% deles estão em Títulos do Tesouro dos EUA.

No entanto, críticos argumentam que apenas uma auditoria completa pode dissipar totalmente as dúvidas sobre a saúde financeira da empresa.

Buscar uma auditoria abrangente está alinhado com os objetivos estratégicos mais amplos da Tether. A empresa recentemente realocou a sede para El Salvador, em busca de uma licença de Provedor de Serviços de Ativos Digitais (DASP).

Essa mudança é vista como um esforço para fortalecer sua base operacional e sinalizar intenções de expandir dentro do sistema financeiro institucional.

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Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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