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Tether integra USDT com a Lightning Network do Bitcoin

3 mins
Atualizado por Lucas Espindola

EM RESUMO

  • Adoção de USDT na Lightning permite pagamentos instantâneos e de baixo custo com stablecoin enquanto aproveita a segurança do Bitcoin.
  • O protocolo Taproot Assets permite que US$ Tether opere no Bitcoin sem comprometer a descentralização.
  • Apesar das remoções na UE e sob críticas nos EUA, Tether continua a expandir.
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A Tether, a principal emissora de stablecoins do mundo, anunciou a integração do USDT no ecossistema do Bitcoin, incluindo a camada base e a Lightning Network.

Ao aproveitar a segurança incomparável do Bitcoin com a eficiência da Lightning, a Tether pretende redefinir como as stablecoins funcionam dentro do ecossistema de criptomoedas.

Tether melhora ecossistema financeiro do Bitcoin

A iniciativa deve revolucionar o uso de stablecoins no ecossistema do Bitcoin, permitindo transações rápidas e de baixo custo. Com mais de 350 milhões de usuários no mundo, a adoção do USDT pela Lightning Network oferecerá aos desenvolvedores e usuários a confiabilidade do Bitcoin. Também proporcionará a eficiência dos pagamentos habilitados pela Lightning.

Trazer o USDT para o Bitcoin combina a segurança e descentralização do Bitcoin com a velocidade e escalabilidade da Lightning. Milhões de pessoas agora poderão usar a blockchain mais aberta e segura para enviar dólares globalmente. Tudo volta ao Bitcoin, disse a CEO da Lightning Labs, Elizabeth Stark, em um comunicado compartilhado com o BeInCrypto.

Integração de USDT acontece após maior demanda por Bitcoin

Isso ocorre em meio à crescente demanda por Bitcoin entre investidores institucionais e de varejo. A integração do USDT reforça ainda mais o papel da cripto pioneira nos sistemas financeiros globais.

A integração é impulsionada pelo protocolo Taproot Assets, desenvolvido pela Lightning Labs. Este protocolo aproveita, principalmente, a segurança e descentralização do Bitcoin enquanto melhora a velocidade e escalabilidade das transações.

À medida que o protocolo Taproot Assets expande a funcionalidade do Bitcoin, ativos tokenizados como o USDT podem operar sem comprometer a natureza descentralizada da blockchain. A integração desbloqueará novas aplicações financeiras, incluindo microtransações, remessas e liquidações transfronteiriças eficientes.

A Tether está comprometida em impulsionar a inovação no ecossistema do Bitcoin. Ao habilitar o USDT na Lightning Network, estamos reforçando os princípios fundamentais de descentralização e segurança do Bitcoin, enquanto oferecemos soluções práticas para remessas e pagamentos que exigem velocidade e confiabilidade, acrescentou o CEO da Tether, Paolo Ardoino.

Tether amplia alcance, apesar de desafios regulatórios

Isso ocorre pouco mais de uma semana após a Tether revelar planos para lançar uma academia de blockchain no Vietnã. Duas semanas atrás, a Tether também facilitou a atualização e entrega do Bridged USDT na Arbitrum para o padrão USDT0. Essa atualização garante, por exemplo, interoperabilidade sem problemas, mantendo um lastro de 1:1 no Ethereum.

Conforme o USDT0, a Arbitrum atualmente lidera todas as redes de Layer-2 na adoção de stablecoins. Mais de 1,3 bilhão de USDT foi cunhado sob o novo padrão.

Com mais de 1,3 bilhão de USDT cunhados, a Arbitrum lidera todas as L2s na adoção de stablecoins. A partir de hoje, o USDT na Arbitrum é atualizado para o padrão USDT0, compartilhou o USDT0 no X.

MiCA tem impacto mínimo no USDT

Apesar desses avanços tecnológicos, a Tether enfrenta obstáculos regulatórios. Na Europa, o quadro MiCA (Markets in Crypto-Assets) está particularmente definido para impor controles mais rígidos sobre stablecoins. Antecipando o lançamento do MiCA, várias exchanges baseadas na UE já retiraram o USDT, causando preocupações de liquidez e estabilidade de mercado.

No entanto, alguns especialistas acreditam que o impacto do MiCA na Tether será mínimo. Esta posição é baseada no fato de que a maioria do volume de negociação do USDT se origina da Ásia.

…80% do volume de negociação do USDT vem da Ásia, então a retirada na UE não terá impacto severo. Isso é evidente a partir do valor de mercado do USDT, que caiu apenas 1,2%,” afirmou Axel Bitblaze no X.

Em relação às regulamentações, a Tether garantiu uma importante licença em El Salvador, levando à mudança para o país. Esta ação está alinhada com a posição pró-Bitcoin de El Salvador e fortalece ainda mais a posição da Tether em uma jurisdição que abraça ativos digitais.

Enquanto isso, a incerteza regulatória continua pairando sobre a Tether nos Estados Unidos (EUA). Brian Armstrong, CEO da Coinbase, afirmou que, se novas legislações exigirem, a exchange consideraria retirar o USDT. Isso reflete as pressões regulatórias mais amplas que os emissores de stablecoins enfrentam, especialmente no mercado dos EUA.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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