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Tether acusa jornal de mentir sobre estabilidade de reservas da empresa

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A Tether acusou o Wall Street Journal de tirar conclusões infundadas sobre seu lastro de reservas e a lucratividade dos negócios.
  • O colapso da stablecoin Terra USD em maio levou a um maior escrutínio das reservas dos emissores.
  • A Tether já fez um acordo com a CFTC e o Procurador-Geral de Nova York sem admitir ou negar alegações sobre transparência.
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A Tether alega que o Wall Street Journal divulgou informações falsas sobre a composição de suas reservas e a lucratividade dos negócios.

Em um comunicado divulgado em 30 de agosto de 2022, a empresa por trás da USDT acusou o Wall Street Journal de escolher atacar a Tether e prejudicar sua reputação por meio de alegações infundadas.

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A declaração afirma que a crítica do WSJ ao uso do Tether de três meses de T-bills como ativo de reserva é infundada, uma vez que os títulos do Tesouro dos EUA têm sido um ativo de refúgio global por muitos anos. Como a Fortune confirma, os títulos do Tesouro dos EUA são considerados quase tão seguros e líquidos quanto o dólar americano, respaldando as reivindicações da Tether.

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A Tether também refuta a tese do WSJ de que os fundos de hedge que apostam no colapso da Tether ameaçam a liquidez da stablecoin, dizendo que tal tese vem de um “mal-entendido fundamental” do Tether e do mercado de criptomoedas.

Guerra da transparência a todo vapor

A Tether é a emissora da stablecoin USDT, uma criptomoeda atrelada a uma reserva de ativos subjacentes para minimizar o movimento de preços. Ao contrário dos bancos, os reguladores têm sido relativamente negligentes em relação ao nível de divulgação que os emissores de stablecoin devem fazer em relação às suas composições de reservas.

No entanto, o recente colapso da stablecoin TerraUSD trouxe as composições de reservas de stablecoin sob escrutínio, com a Tether não sendo exceção.

O Financial Times informou que a stablecoin da Tether perdeu brevemente sua indexação ao dólar americano no dia 12 de maio de 2022, quando os detentores de USDT resgataram mais de US$ 10 bilhões em USDT. Apesar das garantias do CTO da Tether de que a empresa tinha liquidez suficiente para honrar US$ 10 bilhões em resgates, os investidores abalados pelo colapso da TerraUSD exigiram mais.

Seguiu-se uma guerra de transparência entre os emissores de stablecoin. Embora não existam padrões contábeis internacionais para ativos digitais, os emissores recorreram a relatórios chamados atestados que detalham a composição de suas reservas.

A Tether diz que as afirmações do WSJ de que outros emissores de stablecoin foram auditados são falsas e que foi aberto sobre sua composição de ativos, aguardando uma auditoria completa.

Até onde é possível afirmar, a Circle, emissora da stablecoin USDC, fornece relatórios de atestado detalhando sua composição de reservas.

A Paxos Trust, emissora do dólar Pax e da Binance USD (BUSD), forneceu recentemente um relatório detalhando a composição da reserva de ambas as stablecoins, até os números de série dos T-bills que possui. Nenhum dos emissores afirma ter sido submetido a uma auditoria completa.

Em um relatório divulgado no primeiro trimestre de 2021, a empresa de auditoria MHA Cayman indicou que a Tether detinha US$ 82,2 bilhões em reservas fiduciárias para apoiar o USDT em circulação. Aproximadamente 25% das participações eram compostas por papel comercial, uma espécie de IOU comercial, enquanto 46% consistiam em letras do Tesouro dos EUA.

]A Tether afirma que a redução no comercial desde o relatório anterior, em dezembro de 2021, cumpre sua promessa de reduzir as participações de papel comercial.

Incerteza sobre reservas da Tether remonta a 2016

O escrutínio das reservas do Tether começou muito antes do colapso do TerraUSD. Em fevereiro de 2021, a Tether e sua empresa irmã Bitfinex pagaram um acordo de US$ 18,5 milhões ao procurador-geral de Nova York por supostamente ocultar perdas substanciais de clientes e fundos corporativos.

Além disso, uma investigação do escritório do NYAG alega que Tether não tinha reservas para fazer backup de sua moeda, não tendo relações bancárias conhecidas. O Tether não confirmou nem negou essas descobertas.

Em outubro de 2021, a Comissão de Comércio de Mercadorias e Futuros dos Estados Unidos multou a Tether em US$ 41 milhões por informar aos clientes, entre junho de 2016 e fevereiro de 2019, que suas reservas eram 100% apoiadas por ativos fiduciários.

De acordo com o watchdog de commodities, o Tether detinha apenas 27,6% dos ativos fiduciários necessários para apoiar os tokens em circulação na época. Mais uma vez, a empresa fez um acordo sem negar ou confirmar as alegações.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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