Entrou em vigor nesta terça-feira (6) o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada por Donald Trump na última sexta-feira (2), atinge setores estratégicos da economia nacional e reacende temores de uma guerra comercial. O ex-presidente norte-americano, em campanha para voltar à Casa Branca, justificou a decisão com base em ameaças à segurança nacional e à liberdade de expressão.
Além do Brasil, a nova política tarifária também inclui a China, ampliando as tensões geopolíticas. Desde o anúncio, o Ibovespa acumula queda de mais de 4% e o dólar comercial já superou R$ 5,47. Exportadoras brasileiras, como Embraer e JBS, estão entre as mais impactadas, devido à expectativa de perda de competitividade e aumento de custos logísticos.
Alta do dólar pode impulsionar adoção de criptoativos
Com a moeda americana em alta e um ambiente de instabilidade fiscal, investidores buscam alternativas para proteger seu patrimônio. O Bitcoin, por sua natureza descentralizada e limitada, ganha espaço como reserva de valor, principalmente em economias emergentes afetadas por choques externos. A valorização do dólar torna o BTC mais atraente para investidores locais que desejam evitar a desvalorização do real.
Stablecoins atreladas ao dólar, como USDT e USDC, também tendem a registrar aumento na demanda. Esses ativos digitais funcionam como proteção cambial e facilitam transferências internacionais, sobretudo em momentos de tensão regulatória e comercial.
Tecnologias descentralizadas ganham força diante do protecionismo
O ambiente global, cada vez mais marcado por medidas protecionistas e instabilidade regulatória, favorece a adoção de tecnologias baseadas em blockchain. Startups e plataformas Web3 que atuam com soluções financeiras descentralizadas, pagamentos e contratos inteligentes podem se beneficiar da busca por sistemas menos vulneráveis a decisões unilaterais de governos centrais.
Setores como o agro, aviação e mineração estão entre os mais atingidos pela nova tarifa. O governo brasileiro avalia recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e estuda medidas de retaliação. Em paralelo, cresce entre investidores o interesse por ativos que operam fora do alcance direto de políticas comerciais — e é nesse contexto que os criptoativos se consolidam como opção estratégica.
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