Qualquer pessoa que já pagou uma compra com PIX sabe que, apesar de todas as facilidades da tecnologia, ela ainda exige um pouco de trabalho manual para operar. Afinal, é necessário abrir o app no celular, inserir ou escanear uma chave e confirmar com a senha.
O Tap2Pix é uma solução de uso fácil que promete agilizar esse processo. O BeInCrypto conversou com o cofundador da EBTech, Deivison Arthur, que trabalha com o projeto, para entender como ele vai facilitar os pagamentos no Brasil.
Tecnologia simplifica os pagamentos por PIX
Em suma, o Tap2Pix usa tecnologias já existentes nos dois principais sistemas operacionais para smartphones. Elas se chamam AppClip no iOS e InstantApp, no Android.
Arthur resume como essas funções operam. “É como se fosse um aplicativo on demand, via streaming. Você não precisa instalar ele e ele pode ter até 15 MB”, explica.
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A proposta do Tap2Pix é simples. Em primeiro lugar, ele cria sistema em que os clientes possam aproximar seus telefones de outro aparelho (que pode ser uma máquina de cartão ou até mesmo outro celular). Em seguida, o telefone do cliente baixa esse aplicativo pequeno através de NFC ou um QR Code.
O app serve a uma função simples: ele contém as informações necessárias para que o cliente efetue o pagamento – como o valor, a chave de pagamento ou um link para o PIX copia-e-cola.
Além disso, ele identifica os apps bancários existentes no smartphone e permite que o cliente os abra diretamente da tela. Ao mesmo tempo, ele envia os dados de pagamento, agilizando o pagamento.
Por fim, o app mini é temporário e se apaga sozinho assim que o cliente termina de usá-lo.
O objetivo desse tipo de aplicativo sempre foi facilitar pagamentos. Ele permite que clientes façam certos tipos de serviço que exigem apps sem o trabalho de baixar o aplicativo diretamente. Um exemplo é o pagamento de estacionamentos em shopping centers ou locais semelhantes.
Entretanto, essas tecnologias possuem pouca documentação e não foram projetadas para o uso com o PIX. Só que adaptá-las para esse propósito foi simples.
“Nós usamos as tecnologias que causavam menor fricção para solucionar o problema de pagamento por aproximação. O PIX copia e cola, portanto, já é amplamente utilizado e possui 512 bytes. Já o NFC possui 1 kb. O mais difícil foi ter essa percepção de que podíamos usar essas ferramentas”, diz Arthur.
Tecnologia pode trabalhar com criptomoedas
Além da simplificação de pagamentos digitais com moeda fiduciária, também será possível usar o Tap2pix também com criptomoedas. Arthur adiantou ao BeInCrypto que já está em desenvolvimento o Tap2Cripto, uma alternativa que opera com stablecoins.
O sistema vai operar de forma semelhante, mas será capaz de se comunicar com apps de carteiras e exchanges. Em suma, ele vai permitir que os clientes paguem PIX com stablecoins apenas com a leitura de um QR Code. O aplicativo fará o swap automaticamente.
“Nós temos sorte de que o Banco Central do Brasil é muito aberto a essas mudanças tecnológicas. Esse mercado possui muita cautela e muito medo, mas o país se destaca por dar muita voz às inovações”, finaliza Arthur.
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