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STF vota pela condenação de Bolsonaro

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Escrito e editado por
Lucas Espindola

11 setembro 2025 16:40 BRT
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  • Cármen Lúcia se soma a Moraes e Dino, formando maioria por condenação.
  • Bolsonaro e sete aliados respondem por cinco crimes na trama golpista.
  • Penas de prisão devem ser fixadas na próxima sessão da Primeira Turma.
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados por participação na trama golpista que buscava mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. O placar chegou a 3 a 1 com o voto da ministra Cármen Lúcia. O ministro Cristiano Zanin ainda dará seu posicionamento final, e em seguida a Turma definirá as penas de prisão.

Como foi o julgamento

O voto de Cármen Lúcia se somou aos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino, consolidando a maioria pela condenação. Ela também acompanhou a acusação contra Mauro Cid, Almir Garnier, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto. Sobre este último, destacou que “ele atuou amplamente” no esquema.

Zanin, presidente da Primeira Turma, já indicou que seguirá a maioria. Durante a sessão, afirmou que Bolsonaro cometeu crime contra o Estado democrático de Direito ao incitar ataques contra o STF e contra Moraes em ato na Avenida Paulista, em 7 de setembro de 2021.

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Divergência e absolvições

Na véspera, o ministro Luiz Fux havia votado pela absolvição de Bolsonaro em todos os crimes. Ele também questionou a competência do STF para julgar o caso, já que os acusados não têm foro privilegiado. Fux defendeu condenação apenas do delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do general Braga Netto, por tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.

Definição das penas

A duração das penas será definida ao final do julgamento, previsto para encerrar nesta sexta-feira (12). A expectativa é de que a sessão seja dedicada exclusivamente à fixação das condenações.

Delação de Mauro Cid

Também já há maioria para manter o acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, embora os ministros indiquem ajustes no benefício. Moraes, Dino e Fux reconheceram que a delação trouxe elementos relevantes, com Fux ressaltando que Cid chegou a se autoincriminar durante os depoimentos.

Esta reportagem está em atualização.

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