Relatório analisou mais de 13 mil startups brasileiras para estudar o desempenho daquelas focadas em criptomoedas e tecnologia blockchain.
Quem fez a pesquisa foi o Distrito, uma empresa que fomenta iniciativas de inovação e tecnologia no país. O estudo inédito ‘Distrito Blockchain e Criptomoedas Report’ foi divulgado pelo Valor Investe nesta terça-feira (24).
Os dados apresentados oferecem um panorama atualizado do crescimento do mercado cripto no país e como essas empresas tem se desempenhado.
Primeiramente, o estudo revela que existem 181 startups de criptomoedas e blockchain atuando hoje no Brasil.
De acordo com dados de 2020, o montante investido nessas empresas já é 62% maior do que o mesmo período do ano passado. Dessa forma, o setor movimentou neste ano — que ainda não acabou — o valor de R$ 8,71 milhões.
Apesar disso, o Brasil ainda fica muito atrás do restante do mundo. O valor global investido em empresas de criptomoedas e blockchain é de R$ 48 bilhões desde 2015.
As 10 maiores startups de criptomoedas e blockchain do Brasil são a NovaDax, Facilita Pay, Bit Capital, Intelipost, Mercado Bitcoin, FoxBit, Plataforma Verde, OriginalMy, Remessa Online e Rhizom.
Entre elas, as empresas NovaDax, Mercado Bitcoin e FoxBit, atuam diretamente com criptomoedas. Enquanto as outras, oferecem diferentes soluções com o uso da tecnologia blockchain.
Para essa classificação, o estudo do Distrito leva em conta elementos como investimento captado e faturamento das startups. Além da visibilidade e o número de funcionários da empresa.
Metade das startups prestam serviços financeiros
O relatório classifica as 181 startups em 5 categorias diferentes. O primeiro e maior segmento é ‘serviços financeiros’, e engloba soluções de pagamentos, transferências, câmbio, negociação de criptomoedas e oferta de crédito. Aqui é onde 49,7% das startups são enquadradas.
Em seguida vem as categorias Blockchain-as-a-service (23,2%), Segurança Digital (12,7%), Gestão e Rastreio de Ativos (9,9%), e por fim, Marketing e Mídias Digitais (4,4%).
Mercado ainda é novo e concentrado em SP
O relatório aponta ainda que 80% de todas essas empresas são novas e surgiram nos últimos 5 anos.
Além disso, o levantamento do Distrito também comprava que ainda há pouca diversidade no setor aqui no Brasil.
Na questão geográfica, quase 90% de todas as empresas estão concentradas nas regiões Sudeste (67,4%) e Sul (19,9%). Na questão de gênero, apenas 12,2% dessas empresas contam com mulheres como sócias.
Previsões para o futuro
O estudo também dá alguns indícios de tendências que podem movimentar o mercado de criptomoedas e blockchain aqui no Brasil.
Tende a ganhar mais espaço iniciativas de “tokenização” de ativos, e a governança no setor público. Aliás, pode crescer no futuro a demanda por mais especialistas em blockchain para atuar no mercado.
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