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Stablecoins 2030: Citi prevê mercado de até US$ 4 tri e transações na casa dos US$ 200 tri

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Escrito por
Aline Fernandes

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Editado por
Lucas Espindola

26 setembro 2025 10:52 BRT
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  • Relatório do Citigroup projeta que o mercado de stablecoins pode atingir entre US$ 1,9 trilhão e US$ 4 trilhões até 2030.
  • Tokens bancários devem ganhar força entre corporações e podem superar stablecoins em volume de transações.
  • Apesar da expansão global, o dólar seguirá dominante, com EUA, Hong Kong e Emirados Árabes como polos de liquidez digital.
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O Citigroup publicou um novo relatório que projeta um crescimento explosivo do mercado de stablecoins até o fim da década. Segundo o estudo Stablecoins 2030: Web3 to Wall Street”, as emissões globais podem alcançar US$ 1,9 trilhão em um cenário base ou até US$ 4 trilhões em um cenário otimista até 2030.

Com uma velocidade de transações até 50 vezes maior que a do sistema fiduciário tradicional, esse montante poderia sustentar entre US$ 100 trilhões e US$ 200 trilhões em atividades financeiras tokenizadas. Para a Citi, a digitalização do dinheiro vive agora o seu “momento ChatGPT”, em referência à aceleração repentina da adoção tecnológica.

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Stablecoins, tokens bancários e CBDCs devem coexistir

O Stablecoins 2030: Web3 to Wall Street descarta a visão de que stablecoins, tokens bancários (deposit tokens) e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) disputarão um mesmo espaço. Em vez disso, prevê uma convivência complementar:

  • Stablecoins continuarão centrais no ecossistema Web3, DeFi e mercados emergentes.
  • Tokens bancários devem atrair corporações por oferecerem segurança regulatória e integração com sistemas financeiros tradicionais.
  • CBDCs terão foco em pagamentos domésticos e inclusão financeira.

Tokens bancários podem liderar volumes

Um dos pontos mais fortes do estudo é a previsão de que tokens bancários poderão superar as stablecoins em volume de transações até 2030. O motivo está no interesse crescente de tesourarias corporativas em programabilidade, liquidação em tempo real e compliance automático, fatores que podem tornar essa infraestrutura mais atraente que a das stablecoins em operações institucionais.

Geopolítica e mercado global

Embora stablecoins e tokens bancários devam se espalhar globalmente, o Citi aponta que a maioria do volume seguirá dominada pelo dólar, reforçando o papel dos Treasuries dos EUA. Ainda assim, hubs como Hong Kong e os Emirados Árabes Unidos estão se posicionando como centros importantes de liquidez digital, sinalizando uma dinâmica multipolar.

O relatório também contextualiza o crescimento: mesmo com trilhões em stablecoins, o volume segue pequeno diante do sistema tradicional, em que bancos movimentam US$ 5 a US$ 10 trilhões diariamente.

Reimaginar o sistema financeiro

A conclusão da Citi é clara: stablecoins e tokens bancários não vão destruir os bancos, mas sim reimaginar o sistema financeiro. O futuro será construído em cima de ativos digitais programáveis, interoperabilidade entre redes públicas e privadas e marcos regulatórios claros, criando uma infraestrutura mais eficiente, escalável e transparente.

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