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Sony e Metaplanet recorrem às criptomoedas no Japão com crise do iene

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • A Sony e a Metaplanet mergulham nas criptomoedas em meio às dificuldades cambiais do Japão.
  • A Sony adquiriu a Amber Japan, renomeando-a para S.BLOX.
  • A Metaplanet aumenta suas participações em Bitcoin, com o objetivo de se proteger contra a volatilidade.
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A Sony e a Metaplanet, duas gigantes do Japão, decidiram apostar nas criptomoedas em 2024. Isso ocorre em um momento em que o país luta contra a desvalorizaçao do iene e os funcionários do governo emitem avisos.

A adoção de criptomoedas no Japão está crescendo, com empresas se aventurando no espaço para oferecer opções alternativas para os clientes.

Sony e Metaplanet avançam nas criptomoedas

Com uma avaliação de US$ 103 bilhões, a Sony entrou no cenário cripto ao adquirir o provedor de serviços de trading de ativos digitais Amber Japan. De acordo com um comunicado à imprensa, a empresa mudará seu nome para S.BLOX.

A Amber Japan opera o serviço de trading de criptomoedas “WhaleFin”. A aquisição fornecerá um serviço mais fácil de usar e oferecerá mais moedas e funções suportadas para o aplicativo. A WhaleFin confirmou o desenvolvimento em um anúncio na segunda-feira.

Leia mais: 4 criptomoedas que podem atingir novas máximas em julho de 2024

“Daqui para frente, como membro do Grupo Sony, trabalharemos para criar um novo valor agregado nos serviços de trading de criptomoedas, colaborando com os diversos negócios do grupo”, diz o comunicado.

Em retrospectiva, a Amber Japan passou por problemas financeiros desde o colapso da FTX em 2022. Sua empresa controladora, o Amber Group, teve que passar por uma transação de dívida para capital com a Fenbushi Capital antes que o Sony Group manifestasse interesse.

A Sony, por outro lado, aproveita parcerias e aquisições para aprimorar seu empreendimento na Web3. Esse novo acordo marca sua incursão no cenário cripto.

Empresas apostam em Bitcoin

Como um conglomerado japonês de vários setores, a Sony não está sozinha. Relatórios indicam que a empresa de investimentos Metaplanet também está avançando em seu status no setor de cripto.

Ao adicionar 20,195 BTC no valor de US$ 1,02 milhão na segunda-feira, a Metaplanet se tornou a maior detentora corporativa de Bitcoin do Japão. Como a MicroStrategy, a Metaplanet tem aumentado progressivamente seus cofres de Bitcoin desde abril de 2024.

Além disso, ela divulgou uma compra de BTC de US$ 1,6 milhão em 11 de junho e se comprometeu a comprar mais US$ 6 milhões no dia 24 de junho, com base na emissão de títulos.

Metaplanet compra US$ 1,2 milhão em BTC
A Metaplanet compra US$ 1,2 milhão em BTC. Fonte: Metaplanet Inc.

De acordo com o relatório, a política básica da empresa é manter o Bitcoin a longo prazo. O relatório citou seu compromisso de reduzir a exposição ao iene, a moeda local do Japão. A empresa também quer oferecer aos investidores japoneses acesso às criptomoedas com uma estrutura fiscal preferencial.

Japão de olho em criptomoedas após queda do iene

Os movimentos da Sony e da Metaplanet apontam para a crescente adoção de criptomoedas no Japão. Isso ocorre em um momento em que as autoridades do país estão preocupadas com a queda do iene. Em meio à grande desvalorização da moeda e a algumas políticas monetárias do Banco do Japão (BOJ), o cenário das criptomoedas no país mudou significativamente.

A Reuters informou, no dia 27 de junho, que o ministro das finanças do Japão, Shunichi Suzuki, e o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressaram preocupação com as fortes quedas do iene.

“Um iene fraco está entre os fatores que aumentam a inflação, portanto, observaremos atentamente os movimentos da moeda para orientar a política monetária”, disse o vice-governador do BOJ, Shinichi Uchida, em uma reunião.

Os movimentos estáveis da moeda são controláveis, mas um movimento rápido e unilateral tende a afetar a economia do país. Quando o valor de uma moeda cai, os investidores podem procurar ativos alternativos para proteger seu patrimônio ou buscar retornos mais altos. Nesse cenário, alguns investidores podem recorrer ao Bitcoin como reserva de valor.

Por exemplo, a Metaplanet disse que fez do BTC um ativo de reserva para reduzir sua exposição ao risco decorrente do ônus da dívida do Japão e da volatilidade resultante do iene.

No mesmo cenário, com o dólar americano caindo antes do principal relatório de emprego da semana, o fundador da MicroStrategy, Michael Saylor, emitiu um alerta altista sobre o BTC. Ele diz para vender o dólar americano e comprar Bitcoin. No momento em que este artigo foi escrito, o preço do Bitcoin era negociado a US$ 62.813.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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