A comunidade cripto foi abalada pela recente afirmação de Edoardo Farina, um analista influente no setor. Segundo Farina, Satoshi Nakamoto, o enigmático criador do Bitcoin, não via a popular criptomoeda como sua criação definitiva. Em vez disso, ele argumenta que a verdadeira visão de Nakamoto era o XRP, a criptomoeda da Ripple.
Essa análise polêmica gerou um intenso debate sobre o futuro das criptomoedas e a relevância do Bitcoin na evolução da tecnologia blockchain.
A teoria de Farina: XRP como produto final
Para entender a teoria de Farina, é essencial relembrar os desafios que o Bitcoin enfrentou ao tentar se aplicar em larga escala. Embora o BTC tenha iniciado a adoção da tecnologia blockchain, suas limitações se tornaram mais evidentes com o tempo.
Segundo Farina, entre os principais entraves do Bitcoin estão a baixa escalabilidade e a lentidão nas transações. Esses fatores impulsionaram o mercado a buscar alternativas mais rápidas e com custos operacionais reduzidos.
Segundo o analista, Satoshi Nakamoto nunca pretendeu que o Bitcoin fosse a solução final, mas sim um experimento inicial — uma “prova de conceito”. Para ele, o verdadeiro objetivo era criar um sistema de pagamentos global, eficiente e escalável, e o XRP cumpre esse papel.
Ao contrário do BTC, que opera com mineração e o modelo de consenso Proof-of-Work (PoW), o XRP adota um mecanismo baseado em validadores confiáveis. Esse modelo permite transferências mais rápidas e baratas, atraindo o interesse do setor financeiro internacional.
“…O BTC falhou onde o XRP teve sucesso. O sonho de Satoshi não era o Bitcoin, era o produto final: XRP. O Bitcoin foi só um teste. Arthur Britto, Jed McCaleb e David Schwartz aperfeiçoaram a ferramenta. Como a Nokia antes do iPhone. GAME OVER!”, afirmou Farina em publicação no X (antigo Twitter).

A equipe da Ripple desenvolveu o XRP para otimizar transações e permitir a interoperabilidade entre diferentes sistemas financeiros. Essa característica garante uma vantagem em relação ao Bitcoin, que ainda enfrenta limitações no uso para pagamentos internacionais devido à volatilidade e aos altos custos.
“Todas as moedas fiduciárias eventualmente se reduzem a zero. Não é uma teoria, é um fato histórico. O que as substitui não é o Bitcoin, mas um protocolo unificado que define as regras para todas as futuras transações. Esse protocolo é o RippleNet. A moeda vinculada a ele é chamada de XRP”, declarou o CEO da Black Swan Capitalist.
Uma visão contestada dentro do ecossistema cripto
A Ripple, empresa responsável pelo desenvolvimento do XRP, já firmou parcerias com instituições bancárias e financeiras em diversos países. Essa aceitação pode ser decisiva para que o ativo concretize a proposta atribuída por Farina a Satoshi Nakamoto: criar uma solução funcional e escalável para o sistema de pagamentos global.
Contudo, a teoria de Farina está longe de ser consenso. Embora destaque a eficiência do XRP, muitos membros da comunidade cripto discordam da comparação direta com o Bitcoin. “Você não pode comparar o Bitcoin com o XRP, não é um teste Beta, ambos são diferentes. O XRP está apenas sendo adotado e levará algum tempo para configurar todo o ecossistema”, afirmou o investidor conhecido como Crypto $nake89 em publicação no X (antigo Twitter).
Enquanto o Bitcoin mantém seu apelo por ser descentralizado e resistente à censura, o XRP ganha espaço junto a instituições que priorizam velocidade e custo reduzido — características que o ativo conseguiu consolidar com sucesso.
“À medida que as tecnologias cripto e blockchain se tornam convencionais, respeitadas e compreendidas, é hora de deixarmos de lado nossas diferenças e trabalharmos juntos para impulsionar a indústria. Espero que este gesto continue a nos lembrar de que nós (BTC, XRP e outras comunidades cripto) temos mais em comum do que pensamos”, afirmou Brad Garlinghouse, CEO da Ripple.
A discussão levantada por Farina permanece aberta: o legado de Satoshi foi alcançado com o Bitcoin ou sua verdadeira realização será representada pelo XRP? O avanço da adoção institucional e o desempenho global do ativo devem ajudar a responder essa questão nos próximos anos.
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