A brasileira Ekonavi está entre os três vencedores do G20 TechSprint 2024, um hackathon global, promovido e lançado em abril pelo Banco Central do Brasil (BC) e pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS). Os vencedores do G20 TechSprint 2024 foram conhecidos durante cerimônia realizada no Brasil.
Hackathon global do G20 reconhece iniciativa do Brasil
A Ekonavi foi a premiada na categoria 1. A solução utiliza tecnologias baseadas na natureza para incentivar investimentos sustentáveis voltados principalmente à preservação ambiental. A proposta tokeniza dados de projetos de restauração ecológica, transformando-os em ativos investíveis. E tudo alinhado com os padrões internacionais de sustentabilidade (ESG) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODSs).
O G20 TechSprint é uma competição global promovida pelo BIS Innovation Hub e pela Presidência do G20, para identificar inovações tecnológicas que ajudem, sobretudo, resolver desafios enfrentados por bancos centrais e reguladores de todo o mundo.
A equipe Tese, de Hong Kong, foi vencedora da categoria 2, que abordava a melhoria da qualidade e confiabilidade dos dados ESG. A solução da equipe foca em criar painéis ESG para pequenas e médias empresas, facilitando a gestão de riscos, oportunidades e relatórios relacionados a essas práticas.
Já a equipe Kaleidofin, da Índia, venceu na categoria 3, que procurava soluções para apoiar decisões financeiras e a alocação de capital alinhadas aos ODS. A proposta da Kaleidofin é uma plataforma de avaliação de crédito baseada em dados. Ela promete facilitar sobretudo, o financiamento de empresas por meio de modelos preditivos de risco e estruturas de dívida inovadoras. Contribuindo assim para a redução de custos e promovendo metas como inclusão financeira e preservação ambiental.
TechSprint 2024 foi lançado em abril na presidência brasileira do G20
Neste ano, o evento contou com a participação de desenvolvedores de diversos países. O foco ficou em soluções para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Lançado em abril sob a presidência brasileira do G20, o TechSprint teve o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de seu braço de inovação, o BID Lab, e da Federação Nacional das Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac). Quinze equipes pré-selecionadas apresentaram suas soluções a um painel de jurados independentes.
O TechSprint 2024 demonstrou como as novas tecnologias podem escalar soluções financeiras sustentáveis para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável. Desde a preservação da biodiversidade até o melhor gerenciamento dos riscos relacionados a ESG, essas propostas têm o potencial de contribuir para a construção de um futuro financeiro mais sustentável, afirmou a chefe do BIS Innovation Hub, Cecilia Skingsley.
“O BIS Innovation Hub se orgulha da parceria com o Banco Central do Brasil no G20 TechSprint deste ano e parabenizamos todos os vencedores”, completou Skingsley.
Esta quinta edição do ‘G20 TechSprint concentrou-se em finanças sustentáveis, mais especificamente em soluções que se alinhem com as metas de desenvolvimento sustentável. O evento atraiu um número recorde de 110 propostas de todos os cantos do mundo, cada uma oferecendo uma visão e um caminho para enfrentar os desafios complexos, e frequentemente interligados, das finanças sustentáveis. Este é um exemplo eloquente do nível de impacto que podemos alcançar quando nos unimos em torno de objetivos comuns”, disse o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto.
A digitalização traz oportunidades que andam de mãos dadas com um mundo em rápida evolução. Por meio de iniciativas como o G20 TechSprint, podemos avançar de forma concreta na exploração e no uso de tecnologias que incentivarão finanças sustentáveis e uma transição justa, afirmou Paulo Picchetti, diretor do Banco Central do Brasil.
Os temas do desafio TechSprint 2024 estão alinhados com a pauta do G20. Este ano, por exemplo, a pauta focou em desigualdade social, taxação de super fortunas e finanças sustentáveis. Mitigação dos riscos climáticos, governança global e regras para Inteligência Artificial também foram destaques
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