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Solana divulga relatório sobre sua descentralização

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A fundação Solana divulgou o primeiro relatório referente ao nível de descentralização de sua rede blockchain.
  • O “coeficiente de Nakamoto” da rede é baixo, mas a Fundação afirma que isso se deve ao uso do método PoS.
  • Solana tem feito parcerias para aumentar a descentralização e segurança de sua rede.
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A fundação Solana (SOL) divulgou o primeiro relatório referente ao nível de descentralização de sua rede blockchain.

A Solana foi um dos projetos cripto de maior destaque durante 2021. Sua blockchain passou a ser lar de diversos protocolos dos mais variados segmentos da indústria, em especial Web3 e NFTs – onde chegou a ameaçar o forte domínio do Ethereum (ETH). Devido a isso, seu token nativo acumulou uma valorização de aproximadamente 20.000% no ano.

Em contrapartida, o mesmo sucesso não tem sido visto neste ano. Além das fortes quedas do mercado, que fizeram a SOL desabar 80% em relação a sua máxima, sua rede foi alvo de diversos ataques hackers, com alguns causando prejuízos milionários.

Os recorrentes incidentes e problemas levantarem dúvidas sobre o nível de segurança e descentralização da blockchain. Em resposta, a Fundação Solana divulgou um novo relatório sobre o seu ecossistema e comunidade de validadores.

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Solana e seus validadores

De acordo com o relatório, a rede Solana conta atualmente com mais de 3.400 validadores, espalhados por seis continentes. Eles possuem papel “essencial para manter uma rede resiliente, distribuída e credivelmente neutra”, sendo responsáveis por verificar as transações feitas pelos usuários e armazenar os seus registros no livro-razão de sua blockchain.

Todos esses validadores são classificados em nós de consenso e nós RPC. Enquanto os primeiros criam e propõem novos blocos para a rede após a verificação dos blocos, os validadores RPCs fornecem um “gateway de aplicativo” para projetos específicos, além de desempenhar as mesmas funções dos nós de consenso .

Atualmente, o “coeficiente de Nakamoto”, métrica usada para informar a quantidade mínima de validadores necessários para comprometer a rede é de 31. A Fundação Solana argumenta que este coeficiente baixo se deve ao seu mecanismo de prova de participação (PoS), que coloca maior influência nos usuários que depositam seus tokens SOL em staking.

Dados do Coincarp mostram que há mais de 9 milhões de detentores de SOL, com apenas 100 usuários possuindo mais de 30% da oferta total do ativo. Apesar dessa alta circulação, nenhum dos principais operadores de nós chega perto de ultrapassar os 33% de participação ativa necessários para corromper a rede.

Melhorias à vista

Visando aumentar ainda mais a descentralização de sua rede, a Fundação Solana anunciou parceria com a Jump Crypto, empresa especializada em infraestrutura para Web3. Ambas organizações irão criar um novo cliente validador, que uma vez implementado, irá ajudar a evitar que um grupo de validadores tome o controle, além de garantir mais estabilidade para a rede como um todo.

A Jump Crypto ainda destaca que “proporá atualizações significativas para o software principal de código aberto da Solana”. Ao Decrypt, um representante de empresa destacou que atualmente “a taxa de transferência de Solana não é limitada por hardware, mas por ineficiências de software”, e que melhorias precisam ser feitas para aumentar o seu dimensionamento.

“Ao adicionar mais contribuidores principais como Jump Crypto, a rede pode manter seu status como o melhor lugar para construir na Web3, enquanto escala para bilhões de usuários”, disse o cofundador da Solana, Anatoly Yakovenko.

Esta não é a primeira parceria firmada entre as duas organizações. Anteriormente, a Jump Crypto contribuiu para a criação de uma carteira Phantom e o oráculo nativo Pyth, além da ponte que conecta a rede Solana com o Ethereum. A empresa ainda depositou US$ 320 milhões em ETH após a ponte ser hackeada em fevereiro.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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