Nesta terça-feira (27), a SharpLink Gaming anunciou a assinatura de um acordo de compra de valores mobiliários por meio de uma colocação privada no valor de aproximadamente US$ 425 milhões. Os recursos captados serão utilizados para adquirir Ethereum (ETH), que se tornará o principal ativo de reserva de tesouraria da companhia.
O plano está sendo conduzido com a orientação da Consensys, empresa de tecnologia blockchain liderada por Joseph Lubin, cofundador do Ethereum.
“… este é um marco significativo na jornada da SharpLink e marca uma expansão além do nosso negócio principal. No fechamento, esperamos trabalhar com a Consensys e dar as boas-vindas a Joseph ao Conselho”, afirmou Rob Phythian, fundador e CEO da SharpLink.
Além disso, após o anúncio, as ações da empresa dispararam mais de 85% em um único dia. Em determinado momento, superaram US$ 53, acumulando uma valorização expressiva de 1.800% em três dias de negociação. Contudo, a SharpLink parece se posicionar como a “MicroStrategy do Ethereum”, atuando como um proxy público para fundos que ainda não podem deter criptoativos diretamente.

De acordo com Eric Conner, ex-desenvolvedor principal do Ethereum, o plano da SharpLink de comprar e possivelmente fazer staking de 120 mil ETH pode gerar uma “compressão de oferta”. Esse efeito reduziria a quantidade de ETH em circulação e, consequentemente, poderia elevar seu valor de mercado.
Conner observou que essa iniciativa posiciona o ETH como um “ativo de reserva digital”, fortalecendo sua aceitação no setor financeiro tradicional.
“… impacto para os investidores de ETH: compressão de oferta, novo combustível narrativo, potencial alavancagem via um wrapper de ações. Um marco otimista na marcha do ETH para os balanços patrimoniais tradicionais”, comentou.
Mais empresas estão adicionando ETH às reservas
A SharpLink não é a única companhia a adotar o ETH como ativo de tesouraria. Em março de 2025, a BioNexus Gene Lab (BGLC), empresa do setor de saúde, anunciou planos para incorporar ETH às suas reservas corporativas.
De forma semelhante, a BTCS — companhia de blockchain listada na Nasdaq — adquiriu US$ 8,42 milhões em ETH na semana passada, elevando suas participações para um total de 12.500 ETH. Já em maio, a Abraxas Capital, gestora de investimentos com US$ 3 bilhões em ativos, acumulou 350.703 ETH, avaliados em US$ 837 milhões, a um preço médio de compra de US$ 2.386.
Esses movimentos por parte de empresas como SharpLink, BioNexus e BTCS demonstram a crescente confiança no potencial de valorização do Ethereum no longo prazo. Dados da CryptoQuant indicam que essa tendência elevou os saldos.

Enquanto isso, o preço do Bitcoin atingiu novos patamares e está sendo considerado caro. Em contraste, o Ethereum permanece cerca de 50% abaixo de sua máxima histórica, o que o torna uma opção mais atrativa para investidores.
À medida que empresas de capital aberto como a SharpLink adotam o ETH, é possível que ocorra um efeito dominó, incentivando outras instituições a seguirem o mesmo caminho. Esse movimento não apenas sustentaria o preço do ETH, como também reforçaria o papel do Ethereum no ecossistema financeiro global.
Além disso, no momento desta reportagem, o ETH era negociado em torno de US$ 2.640. No entanto, muitos analistas projetam que a moeda pode superar o BTC neste ciclo de mercado.
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