Ao meu ver essa resistência por parte dos cartórios em relação ao avanço da tokenização imobiliária mostra uma falta de entendimento em relação ao assunto. Vale dizer que, mesmo com o DREX, os cartórios sempre serão necessários e essenciais em todo o sistema. Inclusive, é através deles que se registram os tokens. Sendo assim, entendo que os cartórios poderiam olhar para isso como uma oportunidade de atualizar os seus serviços, oferecendo inclusive essa frente de tokenização, de emissão e/ou controle de tokens.
Acontece que quando uma inovação vem e ela é realmente arrebatadora, como é o caso da tecnologia blockchain, o mercado como um todo precisa entender e se adequar a ela. Afinal de contas, não é por conta de os cartórios não estarem contentes com essa tecnologia, que ela não virá, pelo contrário. Por isso, é melhor que eles se adaptem, entendam e passem a oferecer esse tipo de serviço se aliando ao governo de uma forma prática e eficiente, porque se isso não acontecer, provavelmente virá uma empresa A, B ou C para preencher essa lacuna que está sendo deixada em aberto.
Em relação à tokenização imobiliária, a tecnologia blockchain permite a comunicação global de ativos financeiros, possibilitando a compra e venda de imóveis brasileiros para outros países, e vice-versa, o que aumenta as chances de atrair rapidamente investimento internacional para o setor imobiliário brasileiro. Então, quando você vê as possibilidades que aparecem quando se tokeniza um ativo, elas são muito maiores do que o problema de migrar a tecnologia do analógico para o digital.
Esse voto do senador Plínio Valério, é essencial para que a gente consiga implementar no Brasil a tecnologia e melhorar, tanto o nosso sistema interno de crédito e garantias, quanto os investimentos internacionais. O Brasil tem um excelente potencial e é necessário tratar isso de forma célere e prática, porque a tecnologia já está aí e quem implementá-la primeiro vai colher os frutos antes.
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