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Relatório do real digital sofre atraso, mas não deve adiar lançamento para 2022

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Grupo de estudos criado em 2020 avalia viabilidade de CBDC.
  • Relatório foi adiado devido à pandemia de covid-19.
  • Moeda digital brasileira pode ser criada em 2022.
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O Banco Central do Brasil prepara um relatório acerca da criação e adoção do real digital, que já está em produção e deve sair em breve.

O texto se refere ao grupo de estudos de emissão de moeda digital de banco central (CBDC), que foi criado pelo BC em agosto de 2020, com o objetivo de estudar a viabilidade da implementação de uma CBDC própria.

A estimativa é que esse documento estivesse pronto em cerca de seis meses, porém ele foi atrasado devido à pandemia de covid-19, segundo assinala a Folha de São Paulo.

CBDCs já são estudados por vários países, como a China e seu yuan digital. O país asiático foi uma das inspirações para a criação do grupo de estudos, que é coordenado pelo Departamento de Tecnologia da Informação do (Deinf) Banco Central.

O objetivo do estudo não é criar uma moeda digital brasileira e sim avaliar sua viabilidade. Quando o grupo foi anunciado, seu coordenador alterno Rafael Sarres de Almeida afirmou que:

“É importante frisar, porém, que a aprovação do grupo não significa que haverá a emissão de uma moeda digital pelo BC, mas que a autoridade monetária estudará o assunto e dará uma resposta à sociedade sobre o tema.”

Apesar disso, a estimativa é que o novo relatório avance nesta área, propondo a criação do real digital já em 2022.

Os pontos investigados pelo grupo são a proposição de um modelo de moeda digital e a identificação de riscos como “segurança cibernética, proteção e dados e aderência normativa e regulatória e análise de impactos sobre a inclusão e a estabilidade financeiras e a condução das políticas monetária e econômica”.

Uma das vantagens da moeda digital, segundo o BC, é a redução dos custos de manutenção das notas e moedas em circulação, como emissão, custódia, distribuição e manuseio. A estimativa é que estes custos indiretos cheguem a R$ 90 bilhões por ano, o equivalente a entre 1% e 2% do PIB.

Uma CBDC é uma variante de criptomoeda que é gerenciada pelo banco central de um país. Ela opera de forma semelhante às moedas fiduciárias, sendo garantida pelo estado e não tendo valor especulativo.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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