A Receita Federal do Brasil (RFB) estipulou a data limite para a adoção do mecanismo de compartilhamento de dados de CPF e CNPJ via blockchain.
A Receita Federal publicou a portaria nº 89 na última segunda-feira (6), que estipula que órgãos e entidades devam adotar até o dia 31 de dezembro deste ano o mecanismo de compartilhamento de dados via blockchain ou outro sistema autorizado pela RFB.
- Não entendeu algum termo do universo Web3? Confira no nosso Glossário!
- Quer se manter atualizado em tudo o que é relevante no mundo cripto? O BeInCrypto tem uma comunidade no Telegram em que você pode ler em primeira mão as notícias relevantes e conversar com outros entusiastas em criptomoedas. Confira!
- Você também pode se juntar a nossas comunidades no Twitter (X), Instagram e Facebook.
A portaria deixa claro as intenções da Receita em fazer com que o b-CPF e o b-CNPJ passem a ser adotados de forma conjunta por entidades do setor público brasileiro. Apesar de determinar a data limite para o compartilhamento de dados, a Receita oferece a possibilidade de prorrogação desse prazo.
Órgãos e entidades terão até o final do ano para solicitarem a prorrogação da disponibilização dos seus dados para a Receita Federal, dando as devidas justificativas deste atraso e a data prevista para a inserção do conteúdo na blockchain. Vale destacar que dados de cidadãos ou pessoas jurídicas protegidos por sigilo fiscal não serão incluídos, segundo o órgão.
Documentos na blockchain
Desenvolvidos pela Dataprev, empresa estatal vinculada ao Ministério da Economia, o b-CPF e b-CNPJ são iniciativas de realizar o cadastro de pessoas físicas e jurídicas brasileiras na blockchain. Ambos os projetos contam com a Receita Federal como uma de suas principais parceiras.
Conforme destacado anteriormente pelo Superintendente de Arquiteturas e Serviços de Infraestrutura do Dataprev, Antônio Hobmeie, as iniciativas permitem que o governo brasileiro crie uma base de dados sólida e segura que pode ser usada e compartilhada por diversas instituições públicas em conjunto.
Os projetos já foram solicitados e usados por diversos órgãos públicos, como tribunais de justiça, Defensoria Pública da União e até mesmo a Câmara dos Deputados.
Além disso, tentativas de usar b-CPF durante a implementação do auxílio emergencial foram feitas, apesar da sua falta de integração com a Caixa Econômica Federal terem causado atrasos no pagamento de parcelas a milhares de brasileiros.
Agora, com um novo prazo para que órgãos e entidades adotem a tecnologia e disponham de seus dados na rede, a expectativa é que os projetos possam facilitar diversas atividades realizadas pelo setor público. Além de instituições públicas, organizações do setor privado também podem solicitar o acesso e inclusão nesse mecanismo de compartilhamento de dados.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.