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Bitcoin: hype em torno do Runes cai e receita dos mineradores desaba

3 Min.
Por Lynn Wang
Atualizado por Thiago Barboza

Resumo

  • As receitas dos mineradores de Bitcoin caíram drasticamente após o halving e o declínio do hype do Runes.
  • As mineradoras também enfrentam uma queda no preço do hash, levantando questões de sustentabilidade para as operações de mineração.
  • As principais empresas de mineração se concentram na expansão e consolidação para enfrentar condições desafiadoras.
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Dados recentes do CryptoQuant indicam um declínio acentuado na receita diária dos mineradores de Bitcoin. Isso ocorre depois que o entusiasmo pelo protocolo Runes diminuiu.

A queda se alinha com os efeitos do recente halving, que ocorreu na noite da última sexta-feira (19). O evento reduziu pela metade a emissão de novos BTC por bloco, para 3,125. Consequentemente, a receita dos mineradores também foi reduzida em 50%.

Lucros dos mineradores de Bitcoin despencam com a queda das taxas

Apesar dessa redução, as receitas dos mineradores subiram para US$ 106,8 milhões no dia do halving devido às taxas de transação da rede, que atingiram um recorde. No entanto, essas receitas recuaram rapidamente para cerca de US$ 63,6 milhões.

Esse valor representa uma queda de 35% em relação aos ganhos diários anteriores ao halving, que haviam atingido um pico de cerca de US$ 78 milhões.

No dia do evento, as taxas de transação aumentaram para um valor sem precedentes de US$ 80 milhões, representando 75% da receita total dos mineradores. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo congestionamento da rede desencadeado pelo lançamento do protocolo Runes. O protocolo introduz moedas meme na blockchain do BTC.

Ele se desvia do padrão convencional de token BRC-20 ao empregar um modelo de saída de transação não gasta (UTXO). Esse modelo facilita a criação de altcoins por meio de um processo de “gravação” diretamente na rede.

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Desde então, as taxas de transação se normalizaram para níveis semelhantes aos de antes do halving, representando cerca de 35% da receita total dos mineradores. Notavelmente, somente o primeiro bloco pós-halving acumulou US$ 2,6 milhões em taxas e recompensas de bloco, posicionando-se próximo ao topo dos blocos mais valiosos do Bitcoin. Os blocos seguintes também obtiveram valores altos, variando de US$ 1,3 milhão a US$ 2 milhões.

A análise revela que os primeiros 77 blocos da época atual geraram US$ 75 milhões em receita. Isso contrasta fortemente com os US$ 35 milhões produzidos pelos últimos 77 blocos da época anterior.

Baylor Landing, diretor da mineradora Core Scientific, destacou o impacto dessas mudanças.

“O halving? É mais como dobrar”, disse Landing, referindo-se ao aumento significativo da receita após o halving.

No entanto, à medida que o entusiasmo inicial em torno do Runes diminuiu, o congestionamento e as taxas diminuíram. Dados da Dune Analytics mostram que as transações com Runes caíram para 33,6% em 24 de abril. Anteriormente, as transações representavam 69,5% de todas as taxas de transação no dia do halving.

Bitcoin: hype em torno do Runes cai e receita dos mineradores desaba
Compartilhamento de taxas na rede Bitcoin com base nos tipos de transação. Fonte: Dune

Hashrate em queda

Essa redução na recompensa do bloco, combinada com a flutuação das taxas de transação, pressionou os ganhos dos mineradores. Atualmente, o preço do hash caiu para US$ 0,07 por TH/s, marcando seu valor mais baixo desde outubro de 2023.

O preço do hash mede a receita por unidade de poder computacional. Portanto, essa queda levanta preocupações sobre a sustentabilidade das operações de mineração, especialmente porque o setor se prepara para novas quedas na receita das mineradoras.

Em resposta, as principais empresas de mineração estão fortalecendo suas posições financeiras. De acordo com a pesquisa da Bernstein, empresas como a Riot Platforms (RIOT), a Marathon Digital Holdings (MARA) e a Hut 8 Corp (HUT) estão se concentrando na expansão estratégica e na consolidação.

O CEO da CleanSpark prevê que o setor acabará se consolidando em torno de quatro grandes players. Espera-se que a RIOT, a MARA, a CLSK e a Cipher Mining (CIFR) estejam na vanguarda.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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