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Real Digital pode demorar até três anos, diz BC

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • O lançamento do Real Digital pode demorar até três anos, segundo o Banco Central.
  • CBDC brasileira deve favorecer novas tecnologias e ser compatível com DeFi.
  • Moeda foi debatida na Câmara dos Deputados.
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O Banco Central revelou que a implementação do Real Digital deve levar até três anos.

Representantes do Banco Central afirmaram que o desenvolvimento do Real Digital, a CBDC brasileira, deve demorar até três anos. A declaração foi feita nesta terça-feira (26) em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

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O analista Fábio Araújo, do Banco Central, disse que a instituição tem consultado representantes da sociedade sobre a criação de uma moeda digital do banco central (CBDC, “Central Bank Digital Currency”, na sigla em inglês). Nesse caso, o Real Digital seria uma nova forma de representação da moeda nacional emitida pela autoridade monetária do País.

O objetivo é estimular o uso de novas tecnologias, como a internet das coisas, e novos negócios:

“Hoje as transferências eletrônicas levam segundos, antes demoravam e eram usadas para comprar carro, não para comprar pão”, avaliou Araújo, ao citar avanços como o atual sistema de pagamentos instantâneo (Pix).

O analista do Banco Central destacou que a criação do Real Digital deverá seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normas do Brasil e do exterior que tratam do combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Além disso, medidas contra eventuais ataques cibernéticos serão necessárias.

A questão da interoperabilidade e integração com sistemas de outros países também está na pauta, já que cada nação tem um sistema de regulamentação.  

CBDC ajuda no combate a fraudes

O diretor-geral da R3 Brasil, Keiji Sakai, ressaltou a importância da moeda digital no combate a fraudes e crimes. “Com ela, poderá haver bloqueio imediato de recursos em caso de ilegalidades”, disse.

A empresa atua em vários países com a tecnologia blockchain, que permite o registro de transações com criptoativos.

Já o professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp) da Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Diniz, elogiou a cautela do Banco Central, que prevê a eventual adoção do Real Digital só daqui a dois ou três anos.

“Poderá ser antes ou depois, é preciso ver como essa possibilidade evoluirá no mundo.”

Diniz também ressaltou que o Real Digital é uma evolução do uso das novas tecnologias, mantendo o nível de privacidade e criando ainda mais mecanismos de proteção e segurança, além de uma maior democratização sobre os sistemas de pagamentos.

O debate foi sugerido pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Ele afirma que vários governos que já adotaram moedas virtuais emitidas recentemente por seus bancos centrais, como a China, que anunciou a criação do yuan digital em abril, e a Suécia, que já faz os primeiros testes com a moeda e deve implementá-la em 2026.

No Brasil, em maio de 2021, o Banco Central lançou as diretrizes para o desenvolvimento do real em formato digital – o Real Digital. “Como se vê, é um tema relativamente recente e que ainda carece de muitas discussões e definições, que certamente envolve questões legais , afirmou Aureo.

Recentemente, falando em um evento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, disse estar confiante sobre a futura moeda, afirmando que alguns projetos pilotos já devem ser lançados em 2022.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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