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R$ 18 bilhões em Bitcoin somem e irmãos são acusados de golpe

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Dois irmãos por trás da plataforma Africrypt desapareceram junto com quase R$ 18 bilhões em BTC.
  • Os irmãos Cajee lançaram a Africrypt em 2019 prometendo aos investidores altos retornos.
  • Relatórios mostram que crimes com criptomoedas em termos de valores envolvidos caíram muito desde 2019.
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Ameer e Raees Cajee, dois irmãos por trás da plataforma Africrypt, desapareceram junto com o equivalente a R$ 17,9 bilhões em Bitcoin comprados com fundos de investidores.

Dois irmãos sul-africanos, Ameer e Raees Cajee, supostamente desapareceram levando bilhões de dólares em Bitcoins com eles. O incidente teria se tornado um dos maiores de todos os tempos na África do Sul relacionados a criptomoedas. O valor total registrado como roubado é de 69.000 BTC.

Apresentação da Africrypt para investidores: Moneyweb

Bitcoins desaparecidos

Os dois irmãos foram os criadores de uma plataforma chamada Africrypt, que vez mostrou sinais de problemas pela primeira no início do ano. Os investidores contrataram um escritório de advocacia para investigar o caso depois que Ameer Cajee disse que a empresa foi vítima de um hack em abril. Na época, a empresa detinha mais de US$ 4 bilhões em Btcoin.

A dupla também pediu aos investidores que não relatassem o incidente às autoridades, o que gerou ainda mais sinais de fraude. A suposta explicação era que isso retardaria o processo de recuperação dos fundos.

No entanto, logo depois, os investidores contrataram o escritório de advocacia Hanekom Attorneys para investigar o incidente. Os funcionários da empresa perderam o acesso à plataforma sete dias antes de o fundador revelar o suposto hack, de acordo com uma investigação.

A polícia nacional do país foi designada para o caso e contatou exchanges de criptomoedas para garantir que os fundos não fossem liquidados. No entanto, o Bitcoin foi enviado por meio de mixers e grandes pools de bitcoin, mecanismos que impedem o rastreamento dos fundos.

africa bitcoin

O site da empresa também foi encerrado. Os irmãos Cajee lançaram a Africrypt em 2019, prometendo aos investidores altos retornos.

Este não é o primeiro incidente desse tipo a ocorrer na África do Sul, já que existem registros de outra empresa envolvida em um golpe de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,97 bilhões) em 2020. Um grupo governamental na África do Sul pediu a regulamentação das corretoras de criptomoedas.

Golpes e fraudes aceleram regulamentação

O mercado de criptomoedas, embora tenha feito muito para conter golpes, ainda está sujeito a casos de fraudes como esse. Exchanges estão trabalhando juntas para garantir que hackers e fraudadores não possam liquidar seus fundos, mas as providências ainda não garantem total segurança.

A Chainalysis, em seu relatório 2021 Crypto Crime Report, observou que a atividade ilícita medida pela quantidade de fundos envolvidos havia reduzido significativamente desde 2019, mas permaneceu sendo um problema após totalizar mais de US$ 10 bilhões em volume de transações.

Esses números estimulam governos a estabelecer regulamentações e a implementar melhores medidas de supervisão no mercado. No entanto, como as criptomoedas são uma uma classe de ativos muito nova, ainda é difícil que eles encontrem uma solução que sirva para todos.

Além disso, a natureza descentralizada do mercado prova ser difícil de lidar. Ainda assim, os governos estão empenhando recursos para construir uma estrutura eficaz de combate a crimes. Organismos globais como a Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF) e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) também opinaram sobre o assunto.

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Rahul Nambiampurath é um trader da Índia que foi atraído pelo Bitcoin e pela blockchain em 2014. Desde então, ele é um membro ativo da comunidade. Ele tem mestrado em finanças.
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