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O que as grandes quedas do Bitcoin em 2021 nos ensinam

4 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Apesar de encerrar o ano com uma valorização de mais de 60%, o Bitcoin passou por grandes correções e quedas de preço em 2021.
  • Euforia do mercado, movimentação das baleais, Elon Musk, China e Covid-19 estão entre as principais justificativas para as fortes quedas repentinas do BTC.
  • Assim como qualquer ativo financeiro, o Bitcoin sempre estará sujeito a correções ou tendências de baixa.
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Apesar de encerrar o ano com uma valorização de mais de 60%, o Bitcoin (BTC) passou por grandes correções e quedas de preço em 2021.

Tudo que sobe, uma hora desce, e com o Bitcoin (BTC) isso não poderia ser diferente. Apesar de 2021 ter sido um ótimo ano para a principal criptomoeda do mundo, que conseguiu uma nova máxima histórica, traders e investidores passaram por momentos de forte emoção com as suas quedas de preço repentinas.

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O Bitcoin sempre foi conhecido pela sua forte volatilidade. Com isso, da mesma que muitos investidores conseguem grandes lucros, bilhões de dólares podem ser liquidados de uma hora para outra.

Em clima de fim de ano, relembre as principais quedas do BTC em 2021 e os ensinamentos que elas podem trazer para o novo ano que está por vir.

Fevereiro – primeiro efeito negativo de Elon Musk no Bitcoin

A primeira grande queda inesperada do BTC ocorreu na última semana de fevereiro, a partir do dia 22. A criptomoeda estava acumulando uma valorização de quase 80% durante o mês, muito em conta aos elogios que Elon Musk e demais personalidades do mundo dos investimentos estavam fazendo.

No entanto, um simples tuite do bilionário foi capaz de mudar tudo. Após dizer que os preços do Bitcoin e do Ethereum pareciam muito altos, o preço da principal criptomoeda do mundo perdeu mais de R$ 50 mil em apenas algumas horas, maior queda diária da sua história até o momento.

A tendência de queda se manteve pelos dias seguintes, fazendo com que o BTC fosse de US$ 57.000 para uma mínima de aproximadamente US$ 43.000 – desvalorização de 25% em apenas uma semana.

Com isso, mais de US$ 5 bilhões foram liquidados em operações no mercado cripto. O vencimento de milhares de contratos de BTC e declarações da secretária do Tesouro dos EUA também foram atribuídos como motivos para a queda de preço do ativo.

Abril – euforia atrai baleias

O Bitcoin conseguiu se recuperar de sua primeira grande queda do ano, atingindo um novo preço recorde de mais de US$ 64.000 no dia 14 de abril. No entanto, dois dias depois, o ativo entrou em forte tendência de baixa, perdendo quase 30% em apenas 10 dias.

As principais altcoins seguiram o movimento de queda do BTC, fazendo com que o mercado cripto perdesse mais de US$ 200 bilhões somente no dia 18. A principal justificativa dada para a repentina correção foi o movimento das baleias, que aproveitaram que os investidores de varejo estavam em extrema euforia comprando o ativo para conseguir uma maior liquidez para realizar seus lucros.

Não por acaso, após esse período de baixa, o sentimento geral do mercado atingiu o maior nível de pessimismo em um ano. Um possível aumento em relação ao imposto de renda dos EUA, que poderia abranger as criptomoedas, também foi usado como justificativa para esse período de correção.

Maio – Musk e China atacam novamente

tesla bitcoin

O Bitcoin dava sinais de recuperação da sua queda de abril até que Elon Musk aprontou novamente. No dia 12 de maio, ele anunciou que a Tesla deixaria de aceitar a criptomoeda como meio de pagamento, alegando que a mineração de BTC era prejudicial ao meio ambiente.

Alguns dias depois, o governo chinês voltou a anunciar medidas restritivas a mineração e trade de Bitcoin, iniciando uma nova onda de proibições que dura até hoje. Com isso, o preço da criptomoeda sofreu a sua maior queda no ano, despencando de US$ 57.000 para a mínima de US$ 30.000 em apenas sete dias.

Setembro – traders voltam a ficar gananciosos

bitcoin

Após fechar o mês de julho em alta acima de 70%, o Bitcoin voltou a sofrer uma queda repentina em setembro. No dia 8, a criptomoeda desabou mais de 18% em apenas algumas horas, causando uma liquidação de mais de US$ 4 bilhões.

Com isso, o BTC iniciou uma tendência de baixa que se estendeu pelo restante do mês. Nos dias anteriores a queda, indicadores de sentimento mostravam que os investidores de varejo voltaram a estar extremamente gananciosos no mercado, propiciando a liquidez necessária para as baleias despejarem grandes ordens de venda.

Dezembro – nova onda de covid-19 afeta BTC

O Bitcoin já estava em tendência de baixa desde o dia 10 de novembro, quando alcançou um novo preço recorde de US$ 69.000. No entanto, um forte movimento de queda foi visto no dia 3 de dezembro, fazendo com que o ativo desvalorizasse cerca de 25% em apenas 48 horas, causando uma liquidação de US$ 1,8 bilhão no mercado.

A alta alavancagem de traders do varejo, o período de fim de ano e principalmente os receios em relação a uma nova onda de Covid-19 que passou a afetar em especial a Europa são as principais razões para a forte correção.

O que as quedas do Bitcoin nos ensinam?

O Bitcoin sempre passará por momentos de correção ou tendências de baixa, assim como praticamente todos os ativos financeiros. Por isso, traders e investidores que pretendem ter lucro ao investir nesse ativo precisam estar preparados para estes momentos.

Algumas lições podem ser tiradas ao analisar as principais quedas do BTC em 2021. A principal, é que da mesma forma como anúncios de governo e de grandes empresas ou indivíduos pode impactar positivamente o preço do ativo, essas organizações e pessoas também possuem o poder de derrubar momentaneamente qualquer criptomoeda. Por isso, é preciso ficar atento ao que está acontecendo ao redor do mundo em relação as criptomoedas.

Além disso, é necessário prestar atenção a movimentação das baleias e ao sentimento do mercado, pois em momentos de grande euforia, esses grandes detentores de BTC podem realizar grandes ordens de venda, causando fortes quedas no preço da criptomoeda.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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